O Governo Federal divulgou no último dia 25/05, um plano de ação que procura incentivar a indústria automobilística nacional, através do retorno do carro popular. Todavia, ele tem como objetivo principal, aumentar a venda de veículos no país, movimentando o mercado de automóveis.
Espera-se que através desse plano, haja um arranjo entre a exoneração de tributos, com um modelo de carro com um menor custo. A ideia é a de que os veículos sejam negociados por até R$55 mil. O modelo Toyota Vitz, que é uma versão do Suzuki Celerio, representa a categoria, e pode ameaçar outros carros populares como o Mobi e o Kwid.
Afinal, o Toyota Vitz é um carro menor que o antigo Etios, veículo que saiu de linha já a algum tempo. Ele possui cerca de 3,69 metros de comprimento, e um entre-eixos de 2,43 metros. Portanto, trata-se de um automóvel direcionado ao consumidor brasileiro, que procura por um certo conforto, mesmo em um carro de menor porte.
Vale ressaltar que o modelo da Toyota é maior do que o Fiat Mobi, que possui 3,56 metros de comprimento, e 2,3 metros de entre-eixos. Desse modo, o Vitz é um carro popular que também possui um maior tamanho em relação ao francês Renault Kwid, que tem 3,68 metros de comprimento e 2,42 metros de entre-eixos.
Toyota Vitz
Ademais, em relação a mecânica, o Toyota Vitz acaba por perder de seus concorrentes. O motor do carro é um 1.0 de 65 cv. O Mobi possui um motor de 74 cv e o Kwid de 71cv, utilizando como combustível o etanol. Aliás, ao ser abastecido com gasolina o veículo apresenta os mesmos 65cv do Toyota Vitz.
Dessa maneira, o torque do Toyota Vitz é de 9 kgfm, menor que os outros dois modelos. O Mobi possui 9,9 kgfm e o Kwid 9,8 kgfm. Como carro popular, os três modelos são bastante simples em seu design interno. Primeiramente, o painel do Vitz é analógico, vem com um velocímetro, tela de computador de bordo e luzes de alerta.
O volante do Toyota Vitz é multifuncional, os comandos dos vidros ficam próximos ao pisca alerta e à trava central. Além disso, o carro popular da fabricante japonesa possui ar-condicionado, multimídia, porta USB, e sensor de estacionamento. Vale ressaltar que se o proprietário desejar, pode adquirir alguns itens adicionais.
Carro popular
O vice-presidente da república e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), fez um anúncio sobre as ações do Governo Federal direcionadas à redução dos valores negociados para os veículos novos produzidos no país. A princípio é o plano para a instituição do carro popular.
O pacote de medidas do Governo Federal deverá fomentar a produção de carros no país, reduzindo os preços dos veículos zero-quilômetro. Espera-se que haja a redução do IPI e PIS/Cofins, reduzindo o valor do automóvel entre 1,5% a 10,96%. Logo, os descontos devem seguir alguns critérios relacionados a sua produção.
Em síntese, o desconto será para carros de até R$120 mil, veículos com eficiência energética, e densidade industrial. Essa última se refere a automóveis com um grande percentual de componentes fabricados no país. Deve-se observar que os carros que não produzidos em território nacional ficarão de fora.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) anunciou que o pacote de medidas para incentivar a indústria automobilística deverá ter um tempo limitado de cerca de três a quatro meses. Em suma, o vice-presidente Alckmin afirmou que o programa do governo será publicado 15 dias após o anúncio, que foi no dia 25/05.
Linha de crédito para compra de carros populares
Sobre o carro popular, a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, disse em uma entrevista recente, que haverá uma linha de crédito especialmente para os consumidores de carros populares. Ao mesmo tempo, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apresentou uma linha de financiamento para a indústria.
De acordo com alguns especialistas, além da redução de impostos e de juros para o carro popular, da facilitação do crédito, deve-se realizar estudos sobre medidas que possam promover o desenvolvimento sustentável da indústria automotiva. Enfim, o consumidor aguarda por uma melhor estruturação do setor.