O Congresso Nacional aprovou texto que perdoa aproximadamente R$ 1 bilhão em débitos e multas aplicadas pela Receita Federal a igrejas. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (07) pelo jornal O Estado de S. Paulo. Com a aprovação do Congresso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) terá até o dia 11 de setembro para decidir se mantém ou não o benefício para templos religiosos.
Em abril deste ano, Bolsonaro fez reunião com José Barroso Testes Neto, secretário especial da Receita Federal, e David Soares (DEM-SP), deputado federal e filho do missionário R. R. Soares para falar sobre as dívidas das igrejas.
Soares é o autor da emenda parlamentar sobre o perdão às dívidas de templos religiosos. Caso seja aprovada por Bolsonaro, o perdão às dívidas pode beneficiar a Igreja Internacional da Graça de Deus, fundada pelo pai do deputado. A igreja tem R$ 37,8 milhões registrados na Dívida Ativa da União. A instituição tem também outros débitos milionários que ainda estão em fase de cobrança administrativa. O deputado se recusou a dar entrevista ao Estadão.
Publicamente, Bolsonaro já defendeu que pode acabar com a cobrança de taxas que as igrejas ainda pagam no Brasil. Quando fez a defesa, o presidente falou em “fazer justiça com os pastores, com os padres, nessa questão tributária”. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o presidente ordenou que sua equipe econômica “resolva o assunto”. Os técnicos da equipe econômica resistem.