A Caixa Econômica Federal anunciou na última sexta-feira (24) o fim do oferecimento do empréstimo consignado do Auxílio Brasil. Após uma análise e estudos técnicos, a instituição financeira decidiu encerrar com o serviço que vinha sendo alvo de polêmicas nos últimos meses.
Lembrando que o crédito consignado já tinha sido suspenso pelo banco desde o dia 12 de janeiro, por recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU). No entanto, neste mês, novas regras com relação as condições do serviço foram lançadas, porém, mesmo assim, a Caixa preferiu deixá-lo.
Na prática, o valor que pode ser descontado do benefício mensalmente passou de 40% para 5% da quantia oficial do programa (R$ 400). Além disso, o número máximo de parcelas para a quitação do crédito foi de 24 para 6. Por fim, o limite de juros teve uma queda, passando de 3,5% para 2,5% ao mês. Porém, essas regras só valem para contratações futuras.
“Com as novas regras, a operação não se paga. Além disso, esse produto teve um cunho eleitoral, a Caixa foi o banco que mais ofertou crédito, com R$ 7,6 bilhões. É uma excrescência. Não posso ofertar crédito em um auxílio para uma pessoa se alimentar. Na minha opinião, isso tem de ser anulado”, afirmou a nova presidente da Caixa, Maria Rita Serrano.
Para aqueles que já contrataram o consignado do Auxílio Brasil pela Caixa, nada muda. Sendo assim, eles continuarão tendo os seus benefícios descontados mensalmente até que a dívida seja sanada.
“Para os contratos já realizados, nada muda. O pagamento das prestações continua sendo realizado de forma automática, por meio do desconto no benefício, diretamente pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS)”, explicou a nota.
Contudo, segundo informações, a partir de março, os beneficiários do programa social poderão negociar taxas de juros mais acessíveis e, assim, diminuir o valor descontado mensalmente de seus benefícios, que ainda pode chegar a 40%.
Neste mês, Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, anunciou que, além dos R$ 150 para crianças de até 6 anos de idade, o Bolsa Família contará com um novo adicional, destinado a crianças e jovens entre 7 e 18 anos de idade.
Portanto, o Governo Federal estuda implementar um valor de R$ 50. Segundo informações, este repasse já foi autorizado pelo Ministério da Fazenda, e será integrado a Medida Provisória (MP) do Bolsa Família. Contudo, é importante frisar que a quantia que será paga ainda não está certa, uma vez que falta um acordo com o presidente Lula.
“No valor per capita, volta a ter um valor de acréscimo, por criança de 7 anos até completar 18 anos. Estamos acertando o valor, que será além dos R$ 150 por criança de até seis anos”, disse o Ministro em entrevista.