Caixa Tem, aplicativo que movimenta Auxílio Emergencial, também conta com empréstimo
O aplicativo Caixa Tem, que até poucos dias era somente utilizado para realização de transações bancárias simples, acabou de ganhar uma nova função. A grande novidade, portanto, é a possibilidade da realizar empréstimos de valores entre R$ 1000 e R$ 5000.
Dessa maneira, a nova função disponível no aplicativo deverá contar com um investimento inicial de aproximadamente R$ 10 milhões. Contudo, caso a novidade possua uma grande aceitação do público, poderá atingir o valor de até R$ 25 milhões de investimento.
Dessa maneira, a principal intenção é atender a todos os solicitantes que necessitarem da quantia.
A função já está liberada para os usuários?
A medida ainda não foi liberada para os usuários, porém, ela já está em fase final e deverá se implementar nos próximos dias.
Além disso, o Governo Federal ainda não definiu as possíveis concessões e exigências para o serviço, motivo pelo qual sua liberação ainda não aconteceu.
Aplicativa Caixa Tem e benefícios na pandemia
O aplicativo Caixa Tem, com criação a partir de uma iniciativa do Governo federal juntamente com a Caixa Econômica Federal, vem se tornando o principal meio de distribuição de benefícios durante o período de pandemia. O mecanismo digital, por sua vez, auxilia em uma realidade em que a visita às agência físicas se tornou mais difícil.
Atualmente, o aplicativo vem sendo responsável pela realização de pagamentos do Auxílio Emergencial, Programa Bolsa Família e também do BEm.
Assim, nele estão disponíveis diversos serviços como pagamentos de contas e boletos, transferências, cartão de débito virtual, realização de pagamentos via QR Code e PIX. O objetivo, então, foi de proporcionar a entrada e acesso de todos os cidadãos a serviços bancários essenciais, de uma maneira simples e sem a necessidade de taxas de manutenção de serviço.
Além disso, é importante ressaltar que, no início do ano, a Caixa Econômica Federal realizou uma grande campanha para a atualização do Caixa Tem. Dessa maneira, é essencial obter os dados mais recentes de todos os usuários, a fim de disponibilizar diversos novos serviços para as pessoas que utilizam o aplicativo.
Início da possibilidade de empréstimo
Segundo informações divulgadas pela Caixa “nós já temos essa linha estratégica há dois anos. Mas faltava um instrumento digital, que foi criado a partir do auxílio emergencial, o Caixa Tem”.
Além disso, de acordo com a instituição bancária, após uma pequena atualização, os serviços estarão disponíveis, possibilitando ao usuário do Caixa Tem a utilização de valores cedidos, por meio de empréstimos. Logo em breve a opção deverá já estar disponível no menu principal do app.
Até o momento, sabe-se que a Caixa está em fase final do serviço, ajustando pequenos detalhes referentes à programação para a liberação a todos os usuários.
PEIC mostra que 79,2% das famílias do estado de Pernambuco se encontram endividadas
Durante o mês de abril, o número de famílias endividadas no estado de Pernambuco teve um aumento considerável, chegando ao percentual de 79,2%. Os índices são apresentados através da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio).
Então, a Federação vem demonstrando grande preocupação sobre o assunto. Ocorre que, desde o início do ano de 2021, quando o Auxílio Emergencial sofreu reduções de parcelas e do público, os índices referentes às dívidas não pararam de crescer. Dessa maneira, estima-se que atualmente 4 e cada 5 famílias se encontre endividada no estado.
Os níveis de inadimplência também sofreram um novo aumento após leve redução em março, chegando a 29,1% durante o mês de abril. Segundo a pesquisa, 12% de todas as famílias do estado declaram não ter condições de realizar o pagamento de contas e dívidas em atrasos.
Ademais, tais índices se encontram também acima da média nacional, cerca de 67,5%, uma das maiores da história. Se tratando de perfil de endividamento, 47,7% das famílias possuem dívidas de longo prazo, com duração maior que 6 meses. Portanto, espera-se que estes grupos familiares cheguem a ter sua renda comprometida por até 7 meses para realização do pagamento total de todas suas dívidas.
A Fecomércio acredita que o grande números de dívidas adquiridas, principalmente no início do ano, possui uma forte relação com o atraso da liberação das novas parcelas do Auxílio Emergencial.
Segundo a instituição, a baixa das ofertas de trabalho e aumento da inflação diminuem muito o poder de compra dos cidadãos. Em consequência, eles se vêem obrigados a prorrogar o pagamento de alguns compromissos para continuar tendo acesso a itens básicos, como a alimentação.
Belo Horizonte também sofre com o endividamento da população
Em conjunto, ainda, em meio ao cenário de crise da pandemia da Covid-19, os cidadãos da cidade de Belo Horizonte também se apresentam endividados.
Nesse sentido, cerca de 71,4% dos moradores da cidade mineira apresentaram alguma dívida em atraso durante o mês de abril. Isto é, um valor de 2 pontos percentuais acima, quando em comparação com o mês de março, 69,4%. A crescente do índice já chega a seu quarto mês consecutivo.
Segundo Gabriela Martins, economista da Fecomércio MG, a crescente no endividamento indica um aumento na utilização do crédito para que famílias consigam manter seu nível básico de consumo.
A mesma reitera, que a pandemia da Covid-19 trouxe muitas incerteza, principalmente quando se trata de mercado de trabalho e oportunidades de emprego. Ademais, também ocorreu um aumento forte da inflação, fato que acaba levando pessoas a procurarem uma linha de crédito maior para conseguirem manter seu poder de compra estável.
Gabriela Martins também relata que o Auxílio Emergencial possui grande força e pode conseguir salvar diversas pessoas desta situação, retardando, assim, os níveis de endividamento e inadimplência nos próximos meses.
“O auxílio emergencial tem um papel importante. É a manutenção de uma renda mínima. Com o novo auxílio, é esperado que as pessoas o utilizem para pagar as suas dívidas”, afirma.
De acordo com a economista, o não pagamento desta dívidas e o aumento dos níveis de inadimplência podem acarretar sérios problemas a economia.
“Se a inadimplência subir muito, as pessoas terão menos acesso ao crédito e consumirão menos. O consumo menor tem efeito direto no comércio, o que afeta a economia”.