Os pagamentos de janeiro do Bolsa Família chegam ao fim nesta quarta-feira (31). A Caixa Econômica Federal realizar o repasse ao último grupo de beneficiários do maior programa de transferência de renda do país. Com isso, encerrará o ciclo de pagamentos de janeiro.
O banco iniciou os repasses no último dia 18, beneficiando um novo grupo de segurados a cada dia útil, até esta quarta-feira (31). Os pagamentos seguiram a programação habitual, nos dez últimos dias úteis do mês.
Segundo o Governo Federal, o valor médio do programa assistencial chegou a R$ 685,61 no país. O valor cresceu em relação aos últimos dois meses, surpreendendo os segurados. Isso porque, em dezembro, houve o pagamento do Auxílio Gás, algo que não acontecerá em janeiro. Ainda assim, a parcela média deste mês superou a de dezembro.
Veja abaixo a parcela média paga pelo Bolsa Família nos últimos meses:
- Junho: R$ 705,40;
- Julho: R$ 684,17;
- Agosto: R$ 686,04;
- Setembro: R$ 686,89;
- Outubro: R$ 688,97;
- Novembro: R$ 677,88;
- Dezembro: R$ 680,61;
- Janeiro: R$ 685,61.
Vale destacar que junho de 2023 teve o maior valor já pago na história do Bolsa Família, figurando como o primeiro e único mês a repassar uma parcela média superior a R$ 700 aos segurados.
Embora os valores dos últimos meses tenham sido menores que o de junho, ainda foram bastante expressivos para os beneficiários do programa.
Além disso, cabe salientar que todos estes valores médios superam a parcela mínima de R$ 600 garantida pelo Bolsa Família. Em outras palavras, os segurados estão recebendo um valor mais alto que o mínimo estabelecido pelo programa.
Veja quem recebe o último Bolsa Família de janeiro
Em suma, os repasses possuem um padrão e acontecem conforme o último dígito do Número de Identificação Social (NIS) dos usuários. Dessa forma, um novo grupo tem acesso ao valor em suas contas a cada dia útil.
Na quarta-feira (31), os beneficiários do Bolsa Família com Número de Identificação Social (NIS) de final 0 podem acessar o repasse deste mês. Este grupo sempre recebe o último pagamento todos os meses, pois a regra define os beneficiários com NIS de final 1 como os primeiros a receberem, enquanto os com NIS de final 0 são os últimos.
Regra de Proteção do Bolsa Família
De acordo com o governo federal, o valor médio do Bolsa Família caiu em relação a junho devido à Regra de Proteção. Em síntese, a medida permite que os beneficiários que tenham uma renda mensal maior que R$ 218 por pessoa da família, valor limite para receber o benefício, continuem na folha de pagamento do auxílio.
No entanto, o governo passa a pagar apenas 50% do valor da parcela que os usuários tinham direito anteriormente. Os repasses acontecem por dois anos para que os segurados possam equilibrar as finanças e se preparar para o futuro sem o Bolsa Família. Após esse período, o benefício é cancelado.
Em janeiro, 2,4 milhões de beneficiários estão nesta regra, recebendo 50% do valor. Aliás, o governo garante o retorno da família ao programa social caso tenha perdido a renda ou tenha pedido para sair do programa. A saber, a Regra de Proteção também garante o pagamento dos benefícios adicionais para crianças, adolescentes e gestantes.
Benefícios adicionais do Bolsa Família
Por falar em benefícios adicionais, os segurados do Bolsa Família podem receber uma parcela bem maior que o valor mínimo de R$ 600. Inclusive, isso está acontecendo com mais frequência nos últimos meses, pois o Governo Federal começou a pagar benefícios adicionais para os segurados.
Veja abaixo quais são os benefícios adicionais do Bolsa Família:
- Benefício Primeira Infância: desde março de 2023, o governo vem realizando o pagamento de R$ 150 por criança de até seis anos de idade.
- Benefício Variável Familiar: assegura o pagamento de um valor adicional de R$ 50 a crianças e jovens de sete a 18 anos, bem como a gestantes e lactantes integrantes da composição familiar.
- Benefício Variável Familiar Nutriz: em setembro, o governo começou a pagar um adicional de R$ 50 para os indivíduos das famílias que possuem até sete meses incompletos, ajudando no crescimento nutricional do bebê.
Na prática, uma família composta por dois adultos e três crianças, com 2, 4 e 6 anos de idade, terá direito a uma parcela mensal de R$ 710 (R$ 142 x 5 = R$ 710), acrescida de R$ 150 por cada criança de até seis anos (R$ 150 x 3 = R$ 450). Assim, o valor do benefício será de R$ 1.160 no mês (R$ 710 + R$ 450 = R$ 1.160).
Inclusive, o valor pode ser ainda maior, caso haja mais indivíduos que tenham direito a mais benefícios, como gestantes ou crianças e jovens com idade entre sete e 18 anos.