Nesta sexta-feira (19), um grande apagão cibernético global está sendo registrado em vários países do planeta. Por volta das 7h30, o Brasil também começou a ser atingido. Nesse momento, há relatos de problemas em aplicativos de vários bancos que atuam em solo nacional.
As complicações estão sendo registradas sobretudo nos aplicativos desses bancos e também de fintechs. O site Down detector, que mede os problemas em canais digitais, aponta reclamações em várias instituições financeiras como:
- Banco Pan;
- Bradesco;
- Neon;
- Next.
Nas redes sociais, usuários de vários desses bancos reclamavam do problemas ao acessar os aplicativos das suas instituições financeiras. Existem reclamações ligadas ao processo de abertura do app, e também ao processo de pagamento. Fazer um Pix, por exemplo, está sendo uma tarefa complicada.
O que dizem os bancos
O Bradesco foi uma das primeiras instituições financeiras a se pronunciar nesse momento. Após ser questionado nas redes sociais, a rede social pediu para que os usuários acessem os aplicativos mais tarde.
Por meio de nota enviada para veículos de imprensa nacionais, o Bradesco confirmou que a instabilidade em seus aplicativos está ocorrendo por causa do apagão cibernético global que atinge vários países ao redor do mundo nesse momento.
“Equipes estão atuando para regularização o mais breve possível”, diz o comunicado. O banco também informou que, até este momento, os canais presenciais de saque e de depósito, como caixas eletrônicos, seguem funcionando normalmente.
Outros bancos ainda não se pronunciaram sobre o impacto do apagão global em seus serviços na manhã dessa sexta-feira (19).
O motivo do apagão
Nas primeiras horas da manhã, o governo da Austrália disse que o incidente está relacionado a um problema internacional que estaria ocorrendo na empresa de segurança cibernética CrowdStrike.
“O apagão em larga escala está relacionado a um problema técnico com uma plataforma de software de terceiros, utilizada pelas empresas afetadas”, disse o governo australiano.
Por meio de um comunicado, a CrowdStrike confirmou que o apagão está acontecendo, e afirmou que o problema está relacionado ao sistema operacional do Windows, devido ao sensor Falcon.
“Obrigado por entrar em contato com o suporte da Crowdstrike. A Crowdstrike está ciente de relatos de travamentos no Windows relacionados ao sensor Falcon”, dizia uma mensagem pré-gravada.
Até aqui, o que se sabe é que os problemas técnicos estão afetando:
- redes de televisão nacionais;
- aeroportos internacionais;
- operadoras ferroviárias;
- bolsas de valores;
- supermercados;
- bancos.
Há registros de apagões nos seguintes países:
- Estados Unidos;
- Espanha;
- Reino Unido;
- Nova Zelândia;
- Índia;
- Holanda;
- Brasil.
Situação do apagão nos Estados Unidos
Nos Estados unidos, por exemplo, as principais companhias aéreas paralisaram todos os seus voos na manhã dessa sexta-feira (19). O problema está atingindo os usuários da rede Microsoft. As viagens de avião que já estavam acontecendo no momento do apagão seguem ocorrendo normalmente.
“Todos os… voos, independentemente do destino” foram suspensos devido aos “problemas de comunicação”, disse a FAA. Também nos Estados Unidos, os serviços de emergência da polícia foram afetados.
“Devido a uma interrupção nacional relacionada à tecnologia, muitos call centers 911 e não emergenciais não estão funcionando corretamente em todo o estado do Alasca”, disseram as autoridades policiais.
Outros países
Já no Reino Unido, o problema afetou rede de trens e também a emissora de televisão Sky News, que chegou a ficar fora do ar também por algumas horas.
“A Sky News não conseguiu transmitir TV ao vivo esta manhã, atualmente dizendo aos espectadores que pedimos desculpas pela interrupção. Grande parte do nosso noticiário ainda está disponível online, e estamos trabalhando duro para restaurar todos os serviços”.
“O serviço de notícias RNS está atualmente enfrentando um problema técnico global de terceiros, impedindo que as notícias sejam publicadas em www.londonstockexchange.com. As equipes técnicas estão trabalhando para restaurar o serviço. Outras atividades em todo o grupo, incluindo a London Stock Exchange, continuam operando normalmente.”