O burnout materno é um problema que merece muita atenção. Afinal, mulheres esgotadas, com seus diversos papéis sociais, podem estar adoecendo cada vez mais. Por isso, lançar um olhar atento para o tema é de suma importância para buscarmos a ajuda necessária nesses casos. A seguir, destacamos algumas considerações sobre o tema.
O que é o burnout materno?
O burnout materno pode ser caracterizado como um esgotamento emocional e físico vivido por mães que estão atuando na maternidade. Isso decorre de uma série de motivos, que podem ser situações como:
- Excesso de atividades, unindo trabalho, estudos, maternidade, cuidados com a casa, etc.
- Pressão social para ser a “mãe perfeita”.
- Falta de uma rede de apoio.
- Romantização da maternidade e visão deturpada de que ser mãe é algo mágico e incrível o tempo todo – ou seja, que não existem pontos negativos na maternidade.
- Questões de saúde mental da própria mulher.
Como lidar com o burnout materno?
Antes de qualquer coisa, é bom termos em mente que não existe fórmula mágica quando o assunto é saúde mental. Por isso, as recomendações abaixo podem sim ser efetivas em alguns casos, mas jamais desconsidere o acompanhamento profissional. Afinal, você merece uma atenção ímpar para o seu caso, a fim de lidar melhor com o que vem acontecendo em sua vida.
Vamos às sugestões?
1. Psicoterapia
A psicoterapia pode ser um bom caminho a ser seguido nos casos de burnout materno. Isso porque, por meio dessa terapia, podemos praticar o autoconhecimento, compreender melhor nossos limites, quebrar paradigmas e buscar forças internas e externas para lidar com as adversidades da maternidade.
A mulher poderá falar sobre as suas emoções, enquanto o psicólogo intervém com sugestões e considerações que podem instigá-la a pensar sobre novas perspectivas sobre as situações cotidianas. Também é possível trabalhar o sentimento de baixa autoestima e culpa que podem surgir provenientes do burnout materno.
2. Construção de uma rede de apoio
Construir uma rede de apoio sólida também pode ser relevante. Quem está por perto? Quais pessoas podem receber algumas das atividades que você tem feito sozinha? É o caso de contratar alguém para ajudar em casa e com as crianças?
Não tenha medo ou culpa de delegar atividades. As pessoas que convivem com você, especialmente na mesma casa, também podem ter algumas obrigações. Você não precisa arcar com tudo sozinha.
3. Quebra da ideia de “maternidade perfeita”
Lembre-se de que não existe uma mãe ou uma maternidade perfeita. Todas as pessoas possuem limitações e falhas. É normal. Então, pare de acreditar que está errada por não conseguir dar conta de tudo. Hoje você pode conseguir cuidar da casa, mas não precisa ser impecável em todas as áreas da vida.
Não existe um parâmetro do que é ser uma mãe perfeita, porque não existe perfeição entre os seres humanos. Pense mais em uma maternidade possível, ou seja, faça o que é possível, sem ultrapassar os seus limites pessoais. Essa mudança de perspectiva pode fazer a diferença em muitos casos. 😉