Se em cada quatro brasileiros, três jogam algum jogo eletrônico, a maior parte deles se dedica a uma opção de game online. Segundo a 9ª edição da Pesquisa Game Brasil (PGB), apenas 6,7% dos gamers brasileiros não jogam nenhum jogo online. Já quem joga online é um grupo consideravelmente maior: 36,9% jogam todos os dias um game conectado a outras pessoas, enquanto 28,7% jogam online entre três a seis dias da semana.
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Os brasileiros também se mostram interessados em ampliar as interações que ocorrem nos games através do conceito de metaverso. Quase dois terços (63,8%) sabem o que é o metaverso, enquanto uma parcela considerável de jogadores éfavorável a atividades relacionadas ao conceito — 59,3% do público gosta da ideia de ter eventos sociais dentro dos jogos, como assistir a filmes dentro de um jogo, enquanto 51,7% simpatizam com marcas que aparecem dentro dos jogos.
Outro ponto que mostra a ligação do brasileiro com o mundo dos games está no eSports, que é a categoria competitiva e profissional dos gamers. Os eSports agora são conhecidos por 81,2% dos gamers no Brasil, segundo a PGB 2022 — crescimento de 32,8 pontos percentuais em comparação com a edição de 2021.
Já sobre os games de mineração de criptomoedas, os chamados jogos NFTs (Tokens Não Fungíveis) são outra novidade presente entre o segmento, e um pouco mais da metade dos gamers no Brasil (50,8%) ainda não sabem a respeito dos itens não fungíveis. Entre quem está por dentro do conceito, 32,1% já possuem NFTs.
Um dos fatores são funções de acessibilidade nos games, utilizados por quase um terço dos jogadores no Brasil (29,5%) — mesmo com um volume menor (21,3%) de jogadores brasileiros que afirmam possuir algum tipo de deficiência que limita sua experiência de jogo.
Impactos da pandemia e poder de compra
Um dos fatores que pode ter contribuído no fortalecimento da relação dos brasileiros com os jogos eletrônicos foi o isolamento social provocado pela pandemia de covid-19. Segundo a pesquisa, 72,2% dos gamers brasileiros afirmam terem jogado mais durante o período, e 57,9% marcaram mais sessões de partidas online com amigos quando ficavam em casa.
Outro dado em consonância com o fortalecimento da relação dos brasileiros com jogos eletrônicos durante este período se refere ao comportamento de consumo da comunidade gamer. Basicamente, quem já gostava de jogos começou a acompanhar mais “streams” (lives de pessoas jogando games) e outros conteúdos que envolvem videogames, como vídeos, a partir do isolamento social.
Comprar jogos eletrônicos também foi um comportamento que se manteve entre o público, com a maioria (36%) afirmando ter adquirido até três títulos no último ano. Entre o público que opta por não pagar por jogos, 40,2% apontam os valores elevados como principal motivo.
E por mais que 24,6% dos jogadores tenham afirmado que não gastaram nada em equipamentos para jogos ao longo do último ano, há ainda parcela quase correlata (22,6%) que investiu, pelo menos, até R$ 499,99 em produtos gamers, e outro público considerável (19,9%) que gastou entre R$ 500 e R$1.250 em equipamentos para games.
74,5% dos brasileiros jogam
A 9ª PGB também mostrou que cerca de três em cada quatro brasileiros jogam algum jogo de videogame. Trata-se de um crescimento de 2,5 pontos percentuais em relação ao ano anterior, alcançando sua maior marca histórica com 74,5% da população do Brasil afirmando jogar games em 2022.
O engajamento do público brasileiro com jogos eletrônicos aparece ainda mais forte quando se observa que, para 76,5% dos gamers, os jogos eletrônicos são a principal forma de entretenimento. Este número apresenta um aumento progressivo: registrou 57,1% em 2020 e 68% em 2021, totalizando um aumento de 8,5 pontos percentuais nesta 9ª edição.
O alto número de jogadores se deve ao smartphone, plataforma que deu acessibilidade para os games. O dispositivo, que está na mão de quase todos os brasileiros, permite que pessoas possam jogar games casuais, como o Candy Crush Saga, ou mesmo jogos mais competitivos, como o popular Free Fire.
A PGB é desenvolvida pelo Sioux Group e Go Gamers em parceria com Blend New Research e ESPM. Em 2022, o estudo ouviu 13.051 pessoas em 26 estados e no Distrito Federal entre os dias 11 de fevereiro e 7 de março.