De acordo com o Lowy Institute de Sydney, na Austrália, a gestão do governo brasileiro na pandemia de Covid-19 é considerada a pior entre todos os países do mundo. Já a Nova Zelândia é apontada como a nação que melhor soube lidar com a pandemia.
O estudo do instituto australiano tomou como base a gestão pública da pandemia de Covid-19 em 100 países, levando em conta critérios como casos confirmados, mortes e capacidade de detecção do coronavírus na população.
“Coletivamente, esses indicadores indicam quão bem ou mal os países administraram a pandemia”, diz o relatório do Lowy Institute.
Até quarta (27), no total, o Brasil, cuja população é de mais cerca de 210 milhões de pessoas, registrava 8.996.876 de infecções confirmadas e 220.161 mortes. Já a Nova Zelândia, com 5 milhões de habitantes, teve 2.299 casos do novo coronavírus e 25 mortes desde o início da pandemia de Covid-19.
A Nova Zelândia praticamente erradicou o coronavírus do seu território ao adotar medidas drásticas, como fechamento de fronteiras, bloqueios locais e testagem em massa, o que deu ao país o título de melhor gestão na pandemia de Covid-19. Completam o ranking das dez melhores gestões: Vietnã, Taiwan, Tailândia, Chipre, Ruanda, Islândia, Austrália, Letônia e Sri Lanka.
Entre os piores países na gestão da pandemia, além do Brasil, encontram-se México, Colômbia, Irã e Estados Unidos. Em termos de número de mortes causadas pela Covid-19, o Brasil perde apenas para os EUA. Não por coincidência, os presidentes de ambos os países minimizaram a ameaça do coronavírus e o uso de medidas preventivas como máscaras, distanciamento social e lockdowns.
A China, por falta de dados, não foi incluída no estudo do instituto australiano. Segundo os autores do estudo, o governo chinês teria manipulado dados para passar a impressão de que sua postura de governo autoritária levaria vantagem em relação a regimes democráticos na gestão da pandemia.
Para os autores do estudo, não há um vencedor claro entre os países quando o assunto é a gestão da pandemia de Covid-19, pois de modo geral praticamente todos os países do mundo tiveram resposta insatisfatória no controle do coronavírus.
“Alguns países administraram a pandemia melhor do que outros, mas a maioria deles se destacou apenas por seu desempenho insatisfatório”, observa o estudo. Países pequenos, com populações abaixo de 10 milhões de pessoas, mostraram ter algumas vantagens. Em geral, os países com menos populações, sociedades mais coesas e instituições bem treinadas têm uma vantagem comparativa quando se trata de lidar com crises globais como a pandemia”, diz o estudo.