Brasil criou 135 mil vagas de empregos formais em novembro

Brasil criou 135 mil vagas de empregos formais em novembro

Taxa ficou bem abaixo do que era esperado e pode indicar uma desaceleração da recuperação do emprego no país

Em novembro, o Brasil criou 135.495 vagas de emprego formais, isto é, trabalhos com assinatura na carteira. A informação foi confirmada pelo Governo Federal na manhã desta quarta-feira (28). Embora seja mais um crescimento, este patamar ficou abaixo do que os principais analistas estavam esperando.

O Ministério do Trabalho e da Previdência Social anunciou que em novembro o país registrou 1.747.894 admissões e 1.612.399 demissões.

Quando se compara este número com o registrado em novembro de 2021, a análise negativa fica um pouco mais clara. Neste mesmo período no ano passado, o Brasil criou 313.773 vagas, ou seja, uma queda de quase 60% no número de vagas ofertadas, mesmo em um contexto de diminuição de fechamentos de serviços causados pela pandemia do coronavírus.

Por outro lado, quando se considera o acumulado dos últimos 12 meses, o saldo de novos empregos já bate a marca dos 2.466.377 vagas criadas. Trata-se de um número também inferior a quantidade de vagas nos 12 meses imediatamente anteriores: 3.070.285 postos de trabalho.

A expectativa das principais agências de trabalho era de que o número de criação de novos empregos se aproximasse dos 229 mil postos em novembro deste ano. O IBGE informa que alguns números demoraram a passar por atualizações porque algumas empresas atrasaram as entregas dos dados.

Números do emprego detalhados

Quando se analisa estes dados com uma lupa de aumento, é possível entender quais foram as áreas que registraram mais contratações e quais foram as que registraram mais demissões no último mês de novembro deste ano.

As contratações superaram as demissões nos setores de comércio e também de serviços. Já na agricultura e na indústria, as demissões foram mais volumosas do que as admissões considerando este mesmo meio tempo.

Veja a lista completa

  • Comércio: + 105.969;
  • Serviços: + 92.213;
  • Agricultura: -18.211;
  • Construção: – 18. 769;
  • Indústria: – 25.707.

Quando se analisa os números por região, é possível perceber que apenas o Centro-Oeste registrou uma queda. Veja abaixo:

  • Sudeste: + 84.164;
  • Nordeste: + 29.213;
  • Sul: +20.750;
  • Norte: + 3.055
  • Centro-Oeste: -773

Por que emprego formal é importante?

A criação de empregos formais no Brasil é um dos dados mais importantes revelados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social. Este é o número que revela quantas pessoas estão trabalhando com carteira assinada no país.

Independente da formalidade do trabalho, todo trabalhador tem direitos no Brasil. Contudo, um cidadão que possui assinatura na carteira tem naturalmente mais chances de contar com a garantia de direitos e benefícios por parte do seu empregador.

O 13º salário, por exemplo, é pago apenas para os trabalhadores formais, e empregados domésticos que tenham carteira assinada. O empregado formal também tem direito a férias, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e também ao seguro-desemprego em caso de demissão sem justa causa.

A formalidade foi um dos principais temas das eleições presidenciais deste ano. Lula (PT) e Bolsonaro (PL) deram as suas visões sobre o tema. Eleito, o petista deve encontrar um cenário de crescimento da informalidade em todas as regiões do país. Durante a sua campanha, ele prometeu reverter este quadro.

Lula, aliás, já anunciou que o seu Ministro do Trabalho vai ser Luiz Marinho (PT). Ele será o responsável por comandar um possível retorno do país para um cenário de pleno emprego.

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