Nesta quinta (04), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que a pandemia de Covid-19 veio para ficar. A declaração foi dada durante evento em Florianópolis (SC) menos de dois meses após o mesmo Bolsonaro dizer que o Brasil estava vivendo o “finalzinho da pandemia”. Para surpresa de muitos, o presidente mudou o tom e afirmou que não adianta se lastimar e é preciso lutar.
“Agora, é uma pandemia que veio para ficar. Não adianta ficarmos nos lastimando, fazendo placares daquilo que de ruim vem acontecendo. Vamos lutar, vamos vencer, vamos investir na nossa vacina” declarou o presidente.
Bolsonaro minimizou a pandemia de Covid-19
Em 10 de dezembro de 2020, Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil estaria vivendo “o finalzinho da pandemia”. Na época, o país registrava 179.032 mortes por Covid-19. Hoje o total de óbitos causados pelo novo coronavírus é de 227.592 e dez estados do país apresentam alta no número de mortes.
Ainda em dezembro, no dia 19, Bolsonaro voltou a minimizar a Covid-19, afirmando que a pandemia estava “chegando ao fim” e que havia apenas uma “pequena ascensão” ou “pequeno repique”.
Sem máscara, Bolsonaro causou aglomeração
Após mudar o tom das declarações, nesta quinta (04), o presidente disse que lamenta cada morte ocorrida no país, independente da causa, mas que as medidas para controlar a pandemia de Covid-19 não podem causar mais óbitos.
“Lamentamos cada morte havida no Brasil, não interessa a causa dela. Mas não podemos fazer com que medidas para conter uma pandemia no futuro venham causar mais mortes que o próprio vírus.”, afirmou Bolsonaro.
O presidente ainda disse que “o governo federal fez sua parte” ao enviar recursos para os estados e municípios combaterem a pandemia de Covid-19.
Durante o cumprimento da agenda em Santa Catarina e no Paraná, o presidente Jair Bolsonaro causou aglomeração ao participar de uma entrega de veículos em Florianópolis (SC) e ao inaugurar o Centro Nacional de Atletismo, em Cascável, no oeste do Paraná.
Sem máscara, Bolsonaro abraçou apoiadores, que tampouco usavam o equipamento de proteção contra o novo coronavírus. A mesma cena é vista também em Brasília (DF), onde o presidente costuma confraternizar com apoiadores sem seguir medidas de distanciamento social ou usar máscara.