Bolsonaro pretende lançar novo programa social para após o fim do auxílio
Relator do Orçamento da União para 2021 afirma ter recebido autorização sobre novo programa social
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) revelou nesta semana que não haveria nenhuma discussão sobre o Renda Brasil, de agora até o fim de seu mandato, em 2022. No entanto, existe a possibilidade de que pode ser criado um novo programa de transferência de renda.
A declaração foi dada pelo senador Márcio Bittar, do MDB-AC, e relator do Orçamento da União para 2021. O senador afirmou que recebeu autorização de Bolsonaro a incluiu despesas com um novo programa social. Bittar se reuniu com o presidente Bolsonaro e, em seguida, falou com a imprensa.
Bolsonaro afirmou ter desistido da criação do programa Renda Brasil após sua equipe econômica passar a defender o corte de outros benefícios para financiar a criação. No dia 13 de setembro, Waldery Rodrigues, secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, havia afirmado que a equipe estudava a possibilidade de congelar aposentadorias e pensões.
Após a declaração de Waldery Rodrigues ser veiculada nos principais jornais, Bolsonaro afirmou que as medidas eram “devaneios” de quem estava descolado com a realidade, que não tirará dinheiros dos “pobres para dar aos paupérrimos” e que mostrará “cartão vermelho” para quem lhe apresentar essa proposta.
O relator do Orçamento afirmou hoje que o governo estuda criar um novo programa social para ajudar os brasileiros de baixa renda após o fim do auxílio emergencial. “Tomei café da manhã com o presidente da República. Antes do almoço conversamos mais um pouco, e eu fui solicitar ao presidente, se ele me autorizava a colocar dentro do Orçamento a criação de um programa social que possa atender milhões de brasileiros que foram identificados ao longo da pandemia e que estavam fora de qualquer programa social. O presidente me autorizou”, disse Bittar.
Renda Brasil
No dia 15 de setembro, o presidente Jair Bolsonaro divulgou um vídeo nas redes sociais desautorizando novamente a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Bolsonaro negou que o Ministério da Economia estaria estudando congelar aposentadorias e suspender os benefícios sociais de idosos e deficientes pobres para financiar o novo programa, Renda Brasil.
Além de ter negado o congelamento e o corte, o presidente proibiu a discussão sobre o programa social Renda Brasil, que iria substituir o Bolsa Família.
“Até 2022, no meu governo, está proibido falar a palavra Renda Brasil. Vamos continuar com o Bolsa Família”.