O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar que tem provas que ganhou as eleições de 2018 no primeiro turno. Ele afirmou que deve expor as provas, mas não disse quando e nem como. (Saiba abaixo também sobre o voto impresso).
O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Salomão, também deu 15 dias para que Bolsonaro apresente ao provas. O prazo tem contado desde o início da semana, quando o presidente teria falado sobre fraudes nas eleições.
Em nenhuma ocasião Bolsonaro apresentou qualquer prova ou documento para embasar a sua tese.
Salomão também autorizou a abertura de procedimento administrativo para verificar se algum acontecimento comprometeu as eleições de 2018. A medida tem com intuito aprimorar as eleições de 2022, caso algo seja encontrado.
“Tenho certeza, prezado ministro do STF [Luís Roberto] Barroso, que fui eleito no primeiro turno e tenho provas disso. Eu acredito que só fui eleito porque tinha muitas pessoas que acreditavam em mim. […] Vou apresentar”, disse o presidente Bolsonaro durante encontro com empresários em Chapecó (SC).
Desde 2019 Bolsonaro afirma uma suposta fraude, mas não apresenta provas. Fatos este que tem causado manifestações de autoridades.
Uma delas é o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, que já desafiou Bolsonaro a apresentar documentação de suas declarações.
“Nunca houve fraude documentada, jamais. Se o presidente da República ou qualquer pessoa tiver alguma prova de fraude ou de impropriedade, tem o dever cívico de entregá-la ao Tribunal Superior Eleitoral. Tô esperando de portas abertas e de bom grado”, disse em entrevista à CNN Brasil.
Bolsonaro é um forte defensor do voto impresso. Para ele, a medida evitaria fraudes na eleição.
O que vem sendo contrariado por autoridades, que alegam que a medida acabaria com o sigilo do voto e seria um retrocesso. Veja aqui se o voto impresso é possível.
Não, o voto impresso não foi aprovado, apesar das cobranças de Bolsonaro.
Uma comissão especial para discutir a PEC do voto impresso está formada da Câmara. Esse é um dos processos que o texto deve passar antes de seguir para votação no Plenário.
Para aprovação na Câmara, 308 deputados devem votar “sim” para o projeto, isso em dois turnos de votação.
Depois disso, o texto deve seguir para o Senado.