Após aumentos consecutivos no preço dos combustíveis, como a gasolina, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com ministros e o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. A reunião aconteceu na manhã desta sexta-feira (05), no Palácio do Planalto, em Brasília.
O aumento dos preços dos combustíveis é um tema sensível e que preocupa o Palácio do Planalto. Isso porque se a gasolina e o diesel estiverem caros podem prejudicar a popularidade do governo com a sociedade. A eleição presidencial deve acontecer no ano que vem.
Outra preocupação seria setores que dependem de transporte, e consequentemente, de combustíveis para funcionar. Com a disparada de preços, a retomada de uma economia que ainda sobre com os efeitos da pandemia do coronavírus poderia se tornar ainda mais difícil.
Em menos de 50 dias a Petrobras já anunciou dois aumentos tanto da gasolina quanto do diesel. O último aconteceu na semana passada elevando o valor da gasolina (5%) e do diesel (4%) nas refinarias. Com o reajuste, o preço médio por litro ficou então R$ 2,08 e R$ 2,12 por litro, respectivamente.
O preço final para os consumidores sempre é maior do que o vendido nas refinarias.
As refinarias vendem para os distribuidores, que repassam o custo e uma margem de lucro, para os consumidores finais. Neste ciclo de compra há também tributos federais e estaduais que podem encarecer ainda mais o preço final.
Entenda como são formados os preços da gasolina e diesel.
Bolsonaro costuma lançar um “desafio”, desde 2019, a cerca dos combustíveis. Diz que poderia zerar os impostos federais, caso algum estado se comprometesse a fazer o mesmo. Por outro lado, não há informações sobre nenhuma medida concreta neste sentido no Brasil.
A Petrobras também influencia no preço do gás de cozinha. Clique aqui e entenda.
Sendo que, de acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de Gás Liquefeito do Petróleo (Asmirg), Alexandre Borjaili, o gás de cozinha poderá chegar a R$ 200 reais este ano. Porém, o preço pode também variar de R$ 150 a R$ 200. A informação é do portal Metrópoles.
Petrobras
A Petrobras detém uma parte expressiva das refinarias instaladas no país, por isso, consequentemente, acaba por regular o preço a que o combustível será vendido.
A Petrobras é uma empresa estatal, ou seja, tem influência do governo. Mas optar por simplesmente abaixar os preços artificialmente pode gerar prejuízo. Isso poderia impulsionar a perda de valor de mercado da empresa, o que também é negativo para a União.