Nesta segunda-feira, (08), além de dizer que o Brasil começou a ter um calendário de vacinação, o presidente Jair Bolsonaro, criticou Ibaneis Rocha (MDB), governador de Brasília, pelo decreto que impõe toque de recolher.
“Eu lamento os fechamentos indiscriminados, como estou vendo hoje, estou sabendo aqui em Brasília, toque de recolher. Isso é uma afronta, isso é uma coisa inadmissível o que está acontecendo”, disse ele em entrevista à CNN Brasil ao chegar ao Palácio da Alvorada.
A declaração foi dada após decreto do governador que impõe a partir desta segunda-feira (8), que todos estejam nas suas casas no Distrito Federal, das 22h às 5h.
A iniciativa foi tomada pelo governador em relação a situação dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) no Distrito Federal. Quem descumprir o decreto, poderá desembolsar até R$ 2 mil.
“Enquanto as UTIs estiverem com lotação máxima, precisaremos apertar as medidas de isolamento para diminuir o contágio e a consequente pressão sobre os hospitais”, afirmou Ibaneis ao Metrópoles.
Bolsonaro e declarações
“O lockdown deixa mais pobre quem já é pobre. Então, quero criticar sim a decisão do governador de Brasília, porque sou cidadão e moro em Brasília”, completou.
Por outro lado, o lockdown é adotado e defendido por infectologistas em vários países.
“O lockdown leva sim ao desemprego e vai levar à fome, à miséria. Peço a Deus que esteja errado, mas pode levar à violência e a ações que há muito tempo não assistimos aqui no Brasil. Não é uma política equivocada não, é errada essa política de lockdown. Saúde e economia têm que andar de mãos dadas.”
No início da pandemia Bolsonaro pediu para interferir no fechamento do comércio, mas a decisão foi negada pelo Supremo Tribunal Federal.
“Eu lamento que o Supremo tenha decidido lá atrás, como sendo concorrente dessas decisões”, disse Bolsonaro. “Com todo o respeito que tenho pelos Poderes aqui no Brasil, não pode em município um prefeito com menos de mil eleitores ter mais poderes que o presidente da República, que tem mais de 58 milhões de votos.”
Ainda na semana passada, Bolsonaro chamou de idiota quem pede vacina, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a vacinação em massa. As declarações foram dadas na quinta-feira (04). Guedes se manifestou por vídeo e declarou “primeiro, a saúde” porque “sem saúde, não há economia”.
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