O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o auxílio emergencial não pode existir “para sempre”. Menos de um dia após anunciar o novo programa social e gerar repercussão negativa no mercado financeiro, o presidente afirmou também que está “aberto a sugestões” junto aos líderes dos partidos.
“”A responsabilidade fiscal e o respeito ao teto são os trilhos da Economia. Estamos abertos a sugestões juntamente com os líderes partidários. O Auxílio Emergencial, infelizmente para os demagogos e comunistas, não pode ser para sempre”, publicou o presidente hoje pela manhã em seu Facebook.
Na última segunda-feira (28), o governo havia anunciado que tinha intenção de financiar o Renda Cidadã, programa social que irá substituir o Bolsa Família, utilizando parte dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e de precatórios. O anúncio foi feito no Palácio da Alvorada após reunião entre Bolsonaro, ministros e líderes da base aliada.
Mas o anúncio não foi visto com bons olhos entre investidores. Especialistas afirmam que, com essa ideia, o governo cria castos e não indica cortes. Especialistas também consideram que a ideia do governo se assemelha a um calote. Tribunal de Contas da União (TCU), Congresso e o mercado consideram a ideia um drible ao teto de gastos e “pedalada fiscal”. A reação do mercado foi considerada inesperada entre o governo. A oposição definiu a ideia do governo como “demagogia eleitoral”.
Veja quantas parcelas você receberá na prorrogação do auxílio
As parcelas extras do auxílio emergencial no valor de R$ 300 são válidas apenas para os beneficiários que já estão recebendo o benefício de R$ 600. No entanto, o número de parcelas depende de quando o trabalhador, que não faz parte do Bolsa Família, começou a receber o benefício no valor inicial.
As novas parcelas no valor R$ 300 começam a ser pagas somente após a conclusão das cinco parcelas iniciais de R$ 600. Novas inscrições não serão feitas, portanto, apenas quem foi aprovado para as parcelas de R$ 600 poderá receber as parcelas extras.
A quantidade total de parcelas que o cidadão terá direito vai depender de quando ela começou a receber o auxílio. O máximo são nove parcelas, sendo as cinco primeiras de R$ 600 e as quatro últimas de R$ 300.
- Quem recebeu a 1ª parcela em abril: 9 parcelas
- Quem recebeu a 1ª parcela em maio: 8 parcelas
- Quem recebeu a 1ª parcela em junho: 7 parcelas
- Quem recebeu a 1ª parcela em julho: 6 parcelas
- Quem recebeu a última parcela de R$ 600 em agosto: vai receber 4 parcelas de R$ 300 nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro;
- Quem recebeu a última parcela de R$ 600 em setembro: vai receber 3 parcelas de R$ 300 nos meses de outubro, novembro e dezembro;
- Quem recebeu a última parcela de R$ 600 em outubro: vai receber 2 parcelas de R$ 300 nos meses de novembro e dezembro;
- Quem recebeu a última parcela de R$600 em novembro: vai receber apenas 1 parcela de R$ 300, em dezembro.
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