O auxílio emergencial deve ser pago até dezembro deste ano. Logo após o pagamento do benefício, a intenção do governo é colocar em prática um novo programa. A expectativa é que o Renda Cidadã seja criado até lá.
Nesta semana, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), disse ao blog da jornalista Andréia Sadi da Globo News, que o programa Renda Cidadã, que pretende substituir o auxílio emergencial em 2021, será discutido somente após o segundo turno das eleições municipais.
Inicialmente, o Governo Federal propõe que o novo programa social substitua o Bolsa Família e o Auxílio Emergencial. O texto que cria o programa já foi apresentado. No entanto, devido ao modelo de financiamento, o programa não avançou.
“O assunto do Renda Cidadã, se a gente vai ou não fazer, como e o que será feito, tudo vai ser decidido após o segundo turno. Se a gente fala agora o posicionamento vai tudo ser usado como eleitoral. É prudente deixar para depois, assim como as reformas“, confirmou Barros.
Segundo informações do Blog da colunista Sadi, integrantes do governo Bolsonaro procuram uma solução com fim do auxílio emergencial, uma vez que ele promoveu um aumento na popularidade do presidente. No entanto, a equipe econômica argumenta que não é possível manter o pagamento do auxílio sem furar o teto de gastos.
Valor do programa
O novo programa deve substituir o Bolsa Família e ser uma espécie de continuação do auxílio emergencial. Porém, atualmente o governo enfrenta dificuldade para definir a forma de financiamento do Renda Cidadã. Após falar publicamente sobre o Renda Cidadã pela primeira vez e cogitar formas de financiamento, o mercado não reagiu bem e o governo recuou.
De acordo com Lauro Jardim, do jornal O Globo, o presidente deu aviso para Guedes sobre o substituto do auxílio emergencial. Segundo o colunista, o presidente afirmou que o substituto, que deve começar a valer em janeiro de 2021, não pode ter valor menor que R$ 300 por mês, atual valor do auxílio emergencial residual.
Guedes chegou a dizer que prefere Bolsa Família do que fazer movimento para novo programa
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Governo manterá o compromisso de limitar os gastos públicos abaixo do teto. Segundo o chefe da pasta, a medida será adotada mesmo que seja preciso abandonar o novo programa social, o Renda Cidadã.
Guedes revelou que o governo não vai ser populista e também garantiu que o substituto do Bolsa Família será fiscalmente sustentável, dentro da regra do teto de gastos.
“Não tem truque”, afirmou Guedes. Ele salientou que maiores transferências de renda poderiam ser viabilizadas com cortes em subsídios e deduções de classes de renda mais alta. “Não tem nenhuma discussão sobre o teto (dos gastos)”, disse Guedes.
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