O Governo Federal iniciou nesta quinta-feira (18) o pagamento da parcela de julho do Bolsa Família. O principal programa assistencial do país vai beneficiar 20,83 milhões de famílias do país no sétimo mês de 2024, número semelhante ao do mês anterior (20,3 milhões).
De acordo com o Governo Federal, o valor médio do programa assistencial chegou a R$ 682,56 em julho. A saber, a parcela mínima do benefício é R$ 600, mas o valor médio tem superado significativamente este patamar nos últimos meses devido ao pagamento de benefícios adicionais.
Veja abaixo a parcela média paga pelo Bolsa Família nos meses de 2024:
- Janeiro: R$ 685,61;
- Fevereiro: R$ 686,10.
- Março: R$ 679,23;
- Abril: R$ 680,90;
- Maio: R$ 682,32;
- Junho: R$ 683,75;
- Junho: R$ 682,56.
O mês de julho teve a quarta maior parcela do ano, atrás dos valores de janeiro, fevereiro e junho. A redução em relação ao mês anterior já era esperada, porque o governo interrompeu o pagamento do Auxílio Gás neste mês, uma vez que o benefício é bimestral, ou seja, pago a cada dois meses, e o último repasse ocorreu em junho.
Vale destacar que junho de 2023 teve o maior valor pago na história do Bolsa Família, figurando como o único mês a registrar uma parcela média superior a R$ 700 aos segurados. Naquele mês, o valor médio nacional do benefício chegou a R$ 705,40, impulsionado pelo pagamento de auxílios extras pelo governo federal.
Embora os valores dos meses seguintes tenham ficado abaixo de R$ 700, ainda foram bastante expressivos para os beneficiários do programa, superando a parcela mínima de R$ 600 garantida pelo programa.
Inclusive, vale destacar que a parcela média ficou um pouco menor que a de junho devido à Regra de Proteção do Bolsa Família, na qual estão inseridos milhões de segurados do país.
Regra de Proteção reduz parcela do benefício
Em suma, a Regra de Proteção reduz metade do valor da parcela do Bolsa Família. Atualmente, os usuários poderiam ingressar no Bolsa Família se tiverem uma renda de até R$ 218 por pessoa da família.
No entanto, as famílias que já são seguradas do Bolsa Família e registram aumento da renda, superando a marca de R$ 218, não perdem o benefício de imediato, mas apenas as famílias cuja renda por pessoa não ultrapasse meio salário mínimo.
Os usuários que se enquadram nesta realidade recebem metade do benefício por mais dois anos para conseguir controlar as finanças, possuindo mais possibilidades de organizar as dívidas e contas até que o benefício deixe de ser pago.
Nesse período, o governo paga 50% do valor da parcela que as famílias tinham direito, mas sem incluir os adicionais para crianças, adolescentes, gestantes e nutrizes.
Como em julho há 2,83 milhões de pessoas nessa regra, montante superior ao de junho (2,58 milhões), o valor médio do Bolsa Família teve um leve recuo neste mês, isso sem contar na paralisação do Auxílio Gás.
Valor médio do Bolsa Família
O governo Lula informou que o Nordeste concentrou o maior número de beneficiários do país em julho. Em suma, 9,4 milhões de famílias da região irão receber o Bolsa Família neste mês, com os recursos do governo chegando a todos os 1.794 municípios da região.
Em seguida, ficou a região Sudeste, onde 6,1 milhões de famílias serão contempladas em todos os 1.668 municípios dos quatro estados da região.
Já as demais regiões tiveram números mais modestos de beneficiários: Norte (2,63 milhões), Sul (1,52 milhão) e Centro-Oeste (1,15 milhão).
Embora o Nordeste tenha figurado como a região com o maior número de beneficiários, o ranking nacional com os maiores valores médios do Bolsa Família ficou bem diferente. Confira abaixo o tíquete médio do benefício em cada um das regiões brasileiras em janeiro:
- Norte: R$ 718,78;
- Centro-Oeste: R$ 682,05;
- Nordeste: R$ 681,86;
- Sul: R$ 672,45;
- Sudeste: R$ 670,59.
Em resumo, a região Norte teve o maior valor do benefício em julho deste ano. Aliás, a região lidera o ranking nacional há meses, ou seja, os segurados do Norte vêm recebendo um valor superior à média nacional, acima de todas as demais regiões do país.
Estados têm parcelas acima de R$ 700 em julho
O governo federal revelou que o Norte liderou o ranking dos maiores valores médios entre as regiões do país, e isso aconteceu porque os estados nortistas apresentaram os maiores valores do país.
Confira abaixo os dez estados que receberam as maiores parcelas médias de julho do Bolsa Família:
- Roraima: R$ 761,52;
- Amazonas: R$ 738,99;
- Amapá: R$ 729,16;
- Acre: R$ 727,60;
- Pará: R$ 710,10;
- Maranhão: R$ 709,76;
- Tocantins: R$ 698,16;
- Mato Grosso: R$ 693,57;
- Alagoas: R$ 692,72.
- Rondônia: R$ 688,20.
Em síntese, todos os estados do Norte ocuparam o top dez nacional, e os valores de todos eles superaram a média nacional do benefício em julho. Por isso que a região teve o maior repasse médio nacional neste mês, bem acima das demais.
Calendário do Bolsa Família de julho
Os repasses possuem um padrão e acontecem nos últimos dias úteis de cada mês. Aliás, o calendário de pagamento da parcela de julho do Bolsa Família já pode ser consultado pelos beneficiários, apesar de a Caixa ainda não ter iniciado os repasses. Dessa forma, as pessoas podem se preparar antes de acessarem os valores referentes a este mês.
Cabe salientar que a Caixa Econômica realiza os repasses conforme o último dígito do Número de Identificação Social (NIS) dos usuários. Dessa forma, um novo grupo tem acesso ao valor em suas contas a cada dia útil.
Confira o calendário de pagamentos do Bolsa Família de julho de 2024:
- 18 de julho – Beneficiários com NIS de final 1 – LIBERADO;
- 19 de julho – Beneficiários com NIS de final 2;
- 22 de julho – Beneficiários com NIS de final 3;
- 23 de julho – Beneficiários com NIS de final 4;
- 24 de julho – Beneficiários com NIS de final 5;
- 25 de julho – Beneficiários com NIS de final 6;
- 26 de julho – Beneficiários com NIS de final 7;
- 29 de julho – Beneficiários com NIS de final 8;
- 30 de julho – Beneficiários com NIS de final 9;
- 31 de julho – Beneficiários com NIS de final 0.