Em meio a todas as mudanças, e a transição do Auxílio Brasil para Bolsa Família, muitas dúvidas surgem. Dessa forma, o Governo Federal fez novas declarações, e os beneficiários do programa já conseguem saber a quantia exata que irão receber para esse mês de janeiro, bastando acessar o aplicativo.
No entanto, essa funcionalidade ainda não está disponível para todos os beneficiários. Isso porque o volume é muito grande, são 21 milhões de famílias que participam do Bolsa Família, e a plataforma está sendo atualizada aos poucos. Em pouco tempo todos os beneficiários saberão oficialmente quanto irão receber.
Apesar de já estar sendo chamado de Bolsa Família, o programa de transferência de renda do Governo ainda é o Auxílio Brasil. Isso ocorre porque a MP (Medida Provisória) editada pelo Governo Lula, que trata do retorno do Bolsa Família, ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para que seja convertida em lei.
Calendário Bolsa Família
Apesar de todas as mudanças, o calendário de pagamentos do Bolsa Família não mudou. Sendo assim, a liberação do benefício ocorre nos dez últimos dias úteis do mês, se baseando no NIS do beneficiário.
O primeiro pagamento do Bolsa Família irá ocorrer de 18 a 31 de janeiro. Vale ressaltar que o pagamento será feito de acordo com o final do NIS (Número de Identificação Social) do beneficiário. Confira a seguir o calendário de pagamentos:
NIS final 1 | 18 de janeiro |
NIS final 2 | 19 de janeiro |
NIS final 3 | 20 de janeiro |
NIS final 4 | 23 de janeiro |
NIS final 5 | 24 de janeiro |
NIS final 6 | 25 de janeiro |
NIS final 7 | 26 de janeiro |
NIS final 8 | 27 de janeiro |
NIS final 9 | 30 de janeiro |
NIS final 0 | 31 de janeiro |
O dinheiro do Bolsa Família pode ser movimentado por meios digitais, através do aplicativo Caixa Tem, assim como pode ser retirado em espécie pelo cartão Auxílio Brasil ou a antiga ferramenta do Bolsa Família.
Problemas do Auxílio Brasil
De acordo com o Grupo de Transição do novo Governo, a implementação do Auxílio Brasil foi feita de forma improvisada. Isso fez com que o sistema de transferência de renda, que antes era o Bolsa Família, ficasse desarrumado.
Segundo relatório: “Em razão de sucessivas mudanças, o programa perdeu o foco, tratou de maneira igual os desiguais e levou milhões de pessoas para filas nas portas dos serviços socioassistenciais”.
Entre os pontos que o Bolsa Família quer trazer de volta estão as condições para que o benefício possa ser recebido. Agora em 2023, será obrigatória a frequência escolar de crianças e adolescentes, assim como as vacinas em dia para toda a família que quer receber o benefício.
Além disso, o Cadastro Único (CadÚnico) para programas sociais (incluindo o Bolsa Família) está com apenas 60% de seus dados atualizados. Isso pode ser um problema, pois famílias que talvez não estejam mais aptas a receber o Auxílio continuam recebendo. “O Cadastro também está desfigurado: das cerca de 40 milhões de famílias inscritas, 13,9 milhões compõem arranjos unipessoais”, afirma o relatório.