Quem faz parte do Bolsa Família do governo federal precisa se manter atento aos dados que são divulgados pelo app oficial do programa. A qualquer momento, novos cancelamentos e bloqueios poderão ser realizados. Ao menos foi o que disse o Ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
“Não se trata de criminalização da pobreza, mas uma fiscalização sobre mais de R$ 300 bilhões em gastos por ano. O Brasil está fazendo um esforço fiscal para proteger quem realmente precisa. O objetivo não é tirar pessoas, é trazer e deixar dentro do programa aqueles que têm direito”, disse o ministro.
“Tem recursos suficientes para atender aqueles que precisam. A eficiência é uma garantia que não faltará dinheiro para atender a cada família que realmente precisa em cada lugar do Brasil”, completou ele.
Aumento da fiscalização
Para conseguir aumentar a fiscalização em relação aos dados do Bolsa Família, o governo federal pretende elevar a quantidade de análises de dados através do cruzamento de informações com outros órgãos.
A partir de agora, por exemplo, o governo federal vai começar a considerar também as informações contidas na carteira digital de trânsito de cada um dos beneficiários, e também nos cadastros de servidores públicos das mais diferentes esferas de governo.
Ao menor sinal de inconsistência de dados, o usuário poderá ter o Bolsa Família suspenso, bloqueado ou até mesmo cancelado definitivamente.
O Ministério do Desenvolvimento Social também vai aumentar a sua análise de dados de cada um dos mais de 5 mil municípios brasileiros. A ideia é identificar a dinâmica de novas entradas no programa. Caso uma cidade conte com um aumento exponencial de famílias unipessoais, por exemplo, o governo poderá atuar para entender o que está acontecendo.
“Essa distorção fez aumentar a fome e a pobreza mesmo em que recebe o benefício. Estamos celebrando com o Ministério da Justiça e a Polícia Federal, um cruzamento da base de dados. Vamos poder trabalhar com toda a rede que a PF tem, em todos os estados”, seguiu Dias.
“Variadas bases de dados vão se somar para a fiscalização. Agora, nós vamos somar com outras bases de dados”, completou o ministro.
Bolsa Família segue
Enquanto a fiscalização não é elevada, pouco mais de 21 milhões de pessoas de todas as regiões do país podem seguir movimentando o dinheiro do Bolsa Família. Nesta quarta-feira (29), por exemplo, é a vez dos usuários que possuem o Número de Identificação Social (NIS) final 9.
Abaixo, você pode ver o calendário completo de pagamentos do Bolsa Família para este mês. Em destaque, você pode conferir os grupos que devem receber o saldo no decorrer desta semana.
- Usuários com NIS terminado em 1: 17 de novembro;
- Usuários com NIS terminado em 2: 20 de novembro;
- Usuários com NIS terminado em 3: 21 de novembro;
- Usuários com NIS terminado em 4: 22 de novembro;
- Usuários com NIS terminado em 5: 23 de novembro;
- Usuários com NIS terminado em 6: 24 de novembro;
- Usuários com NIS terminado em 7: 27 de novembro;
- Usuários com NIS terminado em 8: 28 de novembro;
- Usuários com NIS terminado em 9: 29 de novembro;
- Usuários com NIS terminado em 0: 30 de novembro.
Neste mês de novembro, o governo federal também está seguindo com os pagamentos de adicionais para os seus usuários. Abaixo, você pode identificar a lista completa de benefícios internos que estão sendo pagos:
- Benefício de Renda de Cidadania (BRC): R$ 142 por pessoa da família;
- Benefício Complementar (BCO): valor adicional para garantir um total mínimo de R$ 600 por família;
- Benefício Primeira Infância (BPI): acréscimo de R$ 150 por criança de 0 a 7 anos;
- Benefício Variável Familiar (BVF): acréscimo de R$ 50 para gestantes e crianças de 7 a 18 anos;
- Benefício Variável Familiar Nutriz (BVN): acréscimo de R$ 50 por membro da família com até sete meses de idade (nutriz);
- Benefício Extraordinário de Transição (BET): pago em casos específicos para garantir valores anteriores ao programa Auxílio Brasil até maio de 2025.