O golpe do boleto falso do MEI tem afetado um grande número de microempreendedores de todo o país. Os fraudadores tem como objetivo principal, extorquir dinheiro através de cobranças fraudulentas de taxas falsas, através do e-mail de suas vítimas. Portanto, é preciso buscar meios de se proteger.
Todavia, os MEIs são o principal alvo destes golpistas, que por desconhecimento sobre esse tipo de fraude, acabam sendo lesados e perdendo um bom dinheiro com isso. Os cibercriminosos possuem algumas estratégias para conseguir o e-mail de suas vítimas. Alguns, inclusive, utilizam as informações públicas da empresa.
Além disso, os fraudadores buscam por dados do MEI no cadastro da Receita Federal, ou em endereços eletrônicos agrupados e vendidos na Dark Web, que é uma internet obscura, acessível apenas através de algumas ferramentas. Normalmente os criminosos têm como alvo empreendimentos recentes.
Ademais, os golpistas, para aplicar a fraude, procuram por uma vítima específica e enviam a ela um e-mail cobrando o pagamento de uma taxa. Há algumas diferenças relacionadas ao modo como os fraudadores instigam os MEI para fazer o seu pagamento. Algumas vezes, são feitas ameaças.
Golpe do boleto falso
Entre as ameaças que os cibercriminosos fazem aos MEI, podemos destacar o fato de que se o pagamento da taxa tratada no e-mail da vítima não for paga, ele pode ser negativado, e a empresa encerrada. Muitos microempreendedores acabam acreditando na mensagem falsa e pagam o valor que os golpistas cobram.
Analogamente, os fraudadores enviam boletos falsos no qual afirmam a obrigação do MEI de pagar uma taxa relacionada a associação de entidades, ofertas de serviços, como por exemplo, a divulgação da empresa, e uma contribuição mensal. Vale ressaltar que todas essas cobranças não são verdadeiras.
O microempreendedor, normalmente os mais recentes, acabam caindo no golpe por não conhecer realmente como o MEI funciona. Por essa razão, os golpistas cobram por serviços que são inexistentes, ou não obrigatórios. Muitas vezes, estes boletos falsos são cobrados logo nas primeiras semanas da abertura do empreendimento.
Desse modo, o MEI deve buscar meios de se proteger deste tipo de fraude, adotando alguns hábitos e conhecendo melhor como a sua categoria funciona. O mais indicado é que antes de fazer qualquer tipo de pagamento, o microempreendedor verifique se realmente a cobrança é verdadeira.
Como se proteger da fraude
O MEI, se desconfiar da mensagem de e-mail enviada, deve procurar averiguar se a cobrança é genuína. Vale ressaltar que os microempreendedores não são obrigados a pagar nenhum tipo de contribuição. Eles são isentos de impostos federais como o Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL.
Aliás, o MEI deve pagar apenas o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), que precisa ser pago mensalmente pelo microempreendedor. Este custo varia de acordo com a atividade exercida pelo empresário ou trabalhador autônomo. Portanto, caso apareça um boleto falso, é preciso ficar atento para se proteger.
Em síntese, o microempreendedor não deve compartilhar suas informações pessoais, como dados de instituições financeiras, seu número do cartão de crédito, e suas senhas, visto que ele pode estar tratando com golpistas. Os fraudadores costumam utilizar estas informações para realizar transações em seu nome.
Se o MEI não tomar cuidado, ele pode pagar o boleto falso, transferindo um dinheiro para a conta do banco de cibercriminosos. Por essa razão, é necessário conferir sempre que possível, os dados do e-mail recebido. Não se deve pagar taxas além das específicas para a sua categoria.
O que observar no e-mail
Para se proteger da fraude, o MEI pode observar algumas questões relativas ao e-mail recebido. Em suma, deve-se ficar atento a mensagens com erros de digitação, endereços de e-mails com caracteres diferentes, que não possuam o domínio, .com.br, e palavras que possam causar medo, como “Atenção”, “Urgente”, etc.
Outra questão são os e-mails enviados fora do horário comercial. Neste caso, é preciso tomar bastante cuidado. Dessa maneira, s mensagem enviada deve ser analisada, para ter certeza de que ela foi enviada por uma instituição séria. Se houver alguma dúvida, o conveniente é não pagar, pois pode ser um boleto falso.
Se o MEI for vítima de fraude, ele deve registrar um boletim de ocorrência na delegacia. É preciso levar o documento à Receita Federal e à Secretaria da Receita Municipal. Em conclusão, no caso de haver alguma dúvida, o microempreendedor pode ir ao site do Portal do Empreendedor e conversar com um especialista.