Recentemente, o Banco Central (BC) anunciou novas regras para os limites de transações através do PIX. Em suma, a instituição retirou a obrigatoriedade de limite por transação, mas manteve o limite por período de tempo.
De acordo com o BC, a intenção é trazer mais segurança aos usuários do PIX, inclusive, alterando algumas regras da solução de pagamentos. Nos últimos dias, muitos golpes estão sendo aplicados mediante ao serviço.
Novas regras do PIX
Limites
Não haverá mais limite de transações com o PIX, isto é, os bancos não serão obrigados a estabelecer um limite de valor por transferências, devendo somente determinar um limite por período de tempo.
Sendo assim, quem possui um limite diário de R$ 2 mil, por exemplo, poderá utilizar todo este valor em uma única transação. Além disso, nada muda para aqueles que desejarem solicitar mudanças no seu limite.
Quanto ao pedido de redução do limite, o banco deve atender imediatamente. Já, se a solicitação for de aumento de limite, ele deve ser autorizado em um período entre 24h e 48h.
Período noturno
Os bancos poderão permitir que seus clientes personalizem o limite do horário noturno, desde que a alteração seja para a redução da margem. De modo geral, a mudança acontece entre as 20h e 6h, no entanto, será possível fazer a alteração para o horário das 22h e 6h.
PIX Saque e PIX Troco
Por fim, outra mudança está relacionada as modalidades do serviço, o PIX Saque e pelo PIX Troco. Por meio da mudança, foi alterado o valor limite para o resgate:
- Durante o dia: passa de R$ 500 para R$ 3 mil;
- Durante a noite: passa de R$ 100 para R$ 1 mil.
Quando as novas regras começam a valer
Ainda de acordo com o Banco do Brasil, as novas regras começam a vigorar no dia 3 de janeiro, exceto as mudanças realizadas na gestão dos limites para os clientes por meio dos canais digitais, que passam a valer a partir de 3 de julho do próximo ano.
PIX é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros
De fato, o PIX é a ferramenta de pagamentos mais utilizada pelos brasileiros. Desde que foi lançado no dia 16 de novembro de 2020, o sistema virou uma febre entre os consumidores e empreendedores. Na portas de completar dois anos de funcionamento, até o último dia 30 de setembro, já foram registradas 26 bilhões de transações, representando R$ 12,9 trilhões.
De acordo com um levantamento realizado pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), com base nos dados do BC, só no primeiro mês de funcionamento do PIX, o número de operações ultrapassou as transações feitas com o DOC (Documento de Crédito). Já em janeiro, o sistema de pagamentos superou as transferências realizadas com o TED (Transferência Eletrônica Disponível).
Seguindo esta linha, em março do mesmo ano, o PIX passou na frente em número de operações feitas com boletos. Com relação aos cartões, o PIX excedeu as transações de débito em janeiro deste ano, já no mês de fevereiro foi a vez de passar na frente das operações com cartões de crédito, foi neste momento que o recurso se tornou o meio de pagamento mais utilizado no Brasil.
“As transações feitas com o PIX continuam em ascensão, revelando a grande aceitação popular do novo meio de pagamento, que trouxe conveniência e facilidades para clientes em suas transações financeiras do cotidiano. Nos últimos 12 meses, registramos um aumento de 94% das operações com a ferramenta”, afirma Isaac Sidney, presidente da Febraban.
Além disso, Sidney destaca que o PIX é uma peça fundamenta no processo de bancarização e a inclusão financeira dos brasileiros, ajudando também na redução da necessidade do uso de dinheiro em espécie nas transações comerciais e dos altos custos para o transporte de cédulas, que atualmente totaliza cerca de R$ 10 bilhões anualmente.