Barateamento do carro popular: 76% são a favor da medida do Governo

Barateamento do carro popular: 76% são a favor da medida do Governo

De acordo com nova pesquisa do Instituto Quaest, grande maioria da população defende MP do barateamento do carro popular.

Quase oito em cada dez brasileiros aprova a ideia do Governo Federal de publicar uma Medida Provisória (MP) para baratear os carros populares no Brasil. Ao menos é o que apontam os dados de uma nova pesquisa divulgada nesta quarta-feira (21) pelo Instituto Quaest. De acordo com o levantamento 76% dos brasileiros gostaram do projeto.

Ainda de acordo com a mesma pesquisa, apenas 18% da população discorda do programa, ao mesmo passo que 6% não souberam ou não quiseram responder a questão. Os dados mostram que a grande maioria da população está do lado do Governo Federal quando o assunto é o barateamento dos carros populares.

A MP em questão foi publicada oficialmente no Diário Oficial da União (DOU) há pouco mais de duas semanas. O documento estabelece descontos para carros que custam originalmente menos do que R$ 120 mil. A ideia geral é conceder descontos que variam entre R$ 2 mil e R$ 8 mil, a depender do modelo que está sendo vendido para o consumidor.

Contudo, o fato é que muitos dos descontos que estão sendo oferecidos para o consumidor final são maiores do que os R$ 8 mil estabelecidos pelo Governo Federal. Isso ocorre porque algumas montadoras optaram por oferecer abatimentos extras.

Além disso, algumas empresas também decidiram reduzir os preços de carros que custavam mais de R$ 120 mil, apenas com o intuito de fazer com que o modelo entrasse na lógica da MP.

Os números totais de vendas de carros nas últimas duas semanas ainda não foi oficialmente divulgado, mas há uma tendência de aumento. Reportagem publicada pelo jornal Folha de São Paulo indica que as montadoras já usaram mais de 60% do total de dinheiro destinado para o projeto, dando o indício da alta procura pelos carros populares nos últimos dias.

Barateamento do carro popular: 76% são a favor da medida do Governo
Maioria concorda com MP do carro popular. Imagem: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil

As críticas

Os dados da nova pesquisa Quaest indicam que o Governo Federal tem conseguido se livrar das principais críticas em relação ao projeto em questão. Há basicamente duas queixas mais comuns em relação ao programa de barateamento dos carros populares.

  • Preocupação ambiental

Setores de proteção ambiental afirmam que o projeto tem um potencial prejudicial ao meio ambiente. Ativistas afirmam que mesmo que o Governo esteja dando descontos maiores para carros menos poluentes, na prática, o projeto estaria ajudando a colocar mais veículos na rua, o que poderia ir contra uma tendência internacional de preocupação com a liberação de Co2 nas grandes cidades.

  • Preocupação fiscal

Setores mais liberais criticaram o possível problema que a MP pode causar para as contas públicas. O Ministério da Fazenda liberou mais R$ 1,5 bilhão para que as montadoras possam oferecer os descontos. A isenção está ocorrendo justamente em um momento em que a ala econômica do Governo está prometendo aumentar a sua arrecadação para bancar as metas do novo arcabouço fiscal.

Aprovação da MP no futuro

Nenhuma das duas críticas citadas acima parece ter encontrado respaldo na maioria da população. Como dito, quase oito em cada dez brasileiros acreditam que o projeto foi uma boa escolha do Governo Federal. De todo modo, o poder executivo evita contar vitória antes do tempo.

Primeiro porque o programa em questão tem prazo de validade. O Ministério da Fazenda definiu que a MP vai durar até quatro meses, no máximo. Contudo, a projeção é que o dinheiro liberado vai ser suficiente para bancar os descontos para apenas um mês.

Além disso, há uma preocupação com a futura reação das pessoas, quando se derem conta de que a MP do carro popular vai ter que ser paga com a antecipação da reoneração do diesel. Segundo o Ministério da Fazenda, a MP do barateamento do carro popular vai fazer com que os preços deste combustível sejam elevados a partir de setembro deste ano.

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