O primeiro fundo de investimento de criptomoedas negociado na bolsa de valores brasileira (B3) está perto do seu início. Apesar de continuar em uma data próxima, essa estreia acabou sendo adiada por conta da entrada do Banco do Brasil como importante participante e distribuidor dessa ETF, que é o nome que se dá a um fundo de investimento negociado diretamente na bolsa de valores.
A ETF tem como gestora a HashDex, que é especialista no assunto de investimentos e que recebeu uma carta oficial do Banco do Brasil comunicando seu interesse em aderir ao fundo Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice, que é a denominação do fundo em questão.
A entrada do Banco do Brasil no projeto do fundo de criptomoedas da HashDex fez com que a data de seu início de negociações na B3 passasse do dia 22 de abril para o dia 26 do mesmo mês. A intenção da criação dessa ETF é replicar um índice parecido que já existe na bolsa de valores americana, em especial o Nasdaq Crypto Index (NCI), que nasceu da parceria entre Nasdaq com a Hashdex.
Apesar do Banco do Brasil ter entrado recentemente, outros bancos também já estavam envolvidos nesse projeto, entre eles, um dos grandes bancos presentes no Brasil, que é o próprio Itaú. Além disso, Genial e BTG Pactual também estão inseridos nessa participação importante e inédita.
Quando se trata de um investimento de alto risco, como seria o caso também do Bitcoin e criptomoedas, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) geralmente impõe regras que restringem a participação de boa parte dos clientes desses bancos, através de uma separação por condição financeira.
A intenção com essas regras é que o pequeno investidor esteja protegido dos altos riscos desse tipo de investimento, que por ter um potencial de lucro maior, acaba fazendo com que muitos que não conhecem os riscos a respeito desses investimentos acabem perdendo dinheiro ou investindo muito mais do que poderia com um conhecimento leigo do assunto.
Só para se ter uma ideia, o fundo HashDex 100, que é um fundo de alto risco da mesma gestora, é restrito para investidores que tenham mais de R$ 10 milhões investidos dentro do mercado financeiro, embora esse número seja a título de exemplo e não que a ETF que vai estrear na B3 no próxima dia 26 tenha uma restrição igual em valor.
Mas agora, com a adesão do Banco do Brasil e Itaú como participantes desse projeto, os correntistas desses bancos poderão ter acesso a esse fundo de investimento em Bitcoin e criptomoedas de forma inédita e histórica não só para esses bancos, mas também para o criptomercado que ainda tem muito a crescer no Brasil.
Em uma carta enviada aos clientes, consta a informação de que esses pedidos de subscrição de cotas têm um prazo limite para ser feito até a próxima terça-feira (20), sendo que já haviam começado os pedidos no dia 15 de abril de 2021.
Segundo a mesma carta: “Quem faz o pedido são os agentes autorizados, que podem fazer isso em nome próprio ou por conta e ordem de clientes. A operação será liquidada em 22 de abril.” Além do Bitcoin, que é a criptomoeda mais conhecida do mercado financeiro, outras também estarão colocadas na composição deste fundo, entre elas: Ethereum, Litecoin, Chainlink, Bitcoin Cash e Stellar.
Mas é importante que por se tratar de um investimento de alto risco, o investidor venha pesquisar e estudar primeiramente a respeito do tema, antes de colocar dinheiro em qualquer fundo como este, ainda que você seja um cliente do Banco do Brasil e Itaú, já que mesmo sendo estes bancos renomados, eles também estão inseridos nos riscos desses investimentos.
O potencial de rentabilidade com esse tipo de investimento é alto, assim como também são os riscos de queda do preço. O Bitcoin e outras criptomoedas são ativos cujo preço é bastante volátil, com altas subidas e quedas, embora a tendência dos últimos meses tenha sido de uma alta acelerada para eles. No entanto, rentabilidade passada não é garantia de lucro futuro e você deve estar ciente disso antes de resolver investir.