O Banco Central do Brasil anunciou no dia 30 de novembro, a criação do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT). O LIFT tem como principal objetivo que os bancos, cooperativas e instituições financeiras participem da elaboração e desenvolvimento do Real Digital.
“Estimular novos modelos de negócio que aumentem a eficiência do sistema de pagamentos de varejo. É o que propõe o Banco Central do Brasil (BC) com a extensão digital do real, que poderá se integrar naturalmente aos ecossistemas digitais e acompanhar o dinamismo da evolução tecnológica da economia brasileira. A ideia é que o real digital se torne parte do cotidiano das pessoas, sendo empregado por quem faz uso de contas bancárias, contas de pagamentos, cartões ou dinheiro vivo”, diz o Bacen sobre o Real Digital.
“é uma nova forma de representação da moeda já emitida pela autoridade monetária nacional, ou seja, faz parte da política monetária do país de emissão e conta com a garantia dada por essa política” diz Fabio Araujo, da Secretaria Executiva (Secre) do Banco Central sobre o Real Digital.
Projetos do Real Digital
O Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas será realizado pela Federação Nacional das Associações de Servidores do Banco Central (Fenasbac) em parceria com o Banco Central. O LIFT deve reunir diversos participantes do mercado interessados em desenvolver o Real Digital com as características almejadas pelo BC.
Para participar do projeto será preciso enviar as propostas entre os dias 10 de janeiro e 11 de fevereiro de 2022. Após o término das inscrições, os projetos mais bem avaliados serão selecionados e a divulgação dos finalistas será feita no dia 4 de março de 2022.
Após a divulgação dos finalistas, o Banco Central iniciará o planejamento e execução das propostas escolhidas. Essa fase deve durar até o dia 29 de julho de 2022. Por fim, serão definidas datas para testes pilotos junto a população. Essa fase é importante para a definição de prazos para o lançamento oficial do Real Digital.
Como a moeda digital brasileira deve funcionar
“O modelo de distribuição que se pretende implementar é intermediário. O BC emitirá o real em formato digital que será passado para o usuário final através dos participantes do sistema de pagamentos, como ocorre hoje com o real em sua forma física. Esse modelo mantém os relacionamentos existentes entre cliente e instituições do sistema de pagamentos e dá, a esses últimos, mais um instrumento para a inclusão de novos clientes no sistema”, informa o Banco Central.
Segundo o Banco Central do Brasil, um dos principais focos no Real Digital é o desenvolvimento de novas tecnologias com o intuito de garantir maior eficiência e agilidade na economia brasileira, contribuindo cada vez mais com a população.
Além disso, o BC informa que a previsão é de que o Real Digital seja utilizado no varejo e que faça parte de fato do cotidiano dos brasileiros. A intenção é que a moeda digital seja empregada por todos os cidadãos que operam contas bancárias, contas de pagamento, cartões de crédito ou débito e até mesmo dinheiro em espécie.