O Banco Central do Brasil (BCB) apresenta em documento oficial a revisão da projeção central do próprio Banco Central para a variação do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022.
Conforme documento oficial divulgado recentemente (março de 2022) pelo Banco Central do Brasil (BCB), sob incerteza maior do que a usual, especialmente em virtude da rápida alteração no cenário global como início da guerra na Ucrânia, projeta-se alta de 1,0% para o PIB de 2022, mesma previsão divulgada no Relatório de Inflação (RI) anterior.
No entanto, o Banco Central do Brasil (BCB) destaca que a surpresa positiva no PIB do quarto trimestre de 2021 elevou o carregamento estatístico para 2022, reforça a instituição, conforme divulgado anteriormente.
De modo geral, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br) e outros indicadores mensais mostram recuo em janeiro, em parte explicado pelo aumento de infecções associadas à variante Ômicron do coronavírus no mês.
Com a melhora rápida da pandemia desde então, espera-se que a queda seja revertida em fevereiro e março e que o nível de atividade no primeiro trimestre se situe acima do que era esperado no RI anterior, ressalta o Banco Central do Brasil (BCB) em divulgação recente. Esse resultado positivo esperado para o primeiro trimestre também favorece a projeção de crescimento no ano.
Adicionalmente, mantém-se perspectiva favorável para alguns setores específicos, como a agropecuária e as atividades econômicas que ainda estão em processo de recuperação dos impactos negativos da pandemia, destaca o Banco Central do Brasil (BCB).
Em sentido oposto, continua elevada a parcela de empresários na indústria que citam a escassez de matéria-prima como um fator limitante ao crescimento da produção, reforça a instituição em divulgação atual.
A elevação desde o último RI dos preços de commodities intensificada mais recentemente pela escalada do conflito entre Rússia e Ucrânia e suas possíveis repercussões e dos preços de produtos importados, embora atenuada pela recente apreciação do real, pode ser considerada um novo choque de oferta do ponto de vista da economia doméstica, com impacto altista sobre a inflação e negativo sobre a atividade econômica no curto prazo.
Por outro lado, os preços mais elevados de commodities podem aumentar a renda dos setores produtores desses bens, como a indústria da extração de minérios e a agropecuária, de modo que possa incentivar a expansão da sua oferta, particularmente no médio prazo, avalia o Banco Central do Brasil (BCB) em recente divulgação.