Banco Central decide manter juros em 13,75% ao ano (Entenda!) - Notícias Concursos

Banco Central decide manter juros em 13,75% ao ano (Entenda!)

Mercado financeiro esperava um recuo

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central do Brasil, decidiu pela quarta vez em 2023 manter a taxa básica de juros da economia (Selic) em 13,75% ao ano. A princípio, essa é a sétima vez que a Selic é mantida nesses patamares, sendo que a decisão do comitê dessa semana foi geral, considerada unânime.

Todavia, a manutenção da taxa de juros era esperada por especialistas em economia. No texto do Copom, o Banco Central tratou de um possível retorno de um aumento da Selic, devido à pressão inflacionária no país. Neste caso, especulou-se que poderia haver uma decisão diferente, mas na reunião falou-se em cautela.

De acordo com o comunicado do Banco Central sobre a atuação do Copom e suas decisões de manter as taxas de juros da economia: “A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação, segue demandando cautela e parcimônia”.

A saber, analistas financeiros esperavam que a decisão do Copom em sua reunião fosse diferente. Foi estimado um corte de no mínimo 0,25% na taxa Selic devido a uma redução da inflação neste ano. Vale ressaltar que o mercado espera uma maior flexibilização do Banco Central sobre a taxa de juros no mês de agosto.

A taxa de juros e a inflação

O mercado atual está bem otimista com o crescimento do produto interno bruto (PIB) nacional, prevendo uma alta de 2% para 2023. Houve uma queda na estimativa para a inflação anual passando de 5,42% para 5,12%. Desse modo, com esses números positivos, abre uma porta para a redução da taxa de juros anual.

De fato, o Índice de Preços no Consumidor (IPCA) de maio, apontou uma inflação para o período, de 0,23%. No acumulado de 12 meses esse índice ficou em 3,25%. O mercado financeiro esperava uma pressão inflacionária mais alta. Entretanto, convém lembrar que a meta do Governo Federal para esse ano é menor.

Segundo o Comitê Monetário Nacional (CMN), a meta fixada para a inflação deste ano está em 3,25%. Se ela oscilar entre 1,75% e 4,75% ela estará cumprida. Dessa maneira, caso isso não ocorra, será o terceiro ano seguido que a meta relativa ao índice de preços praticados em território nacional não será executada.

De fato, quando a inflação fica acima da meta estabelecida, o Governo Federal procura por meios para reduzir os índices inflacionários. Um deles é o aumento da taxa de juros básica da economia, a Selic. Em síntese, o Banco Central tem agido então com precaução, realizando a manutenção dos juros a 13,75% ao ano.

Taxa de juros - Banco Central
Taxa de juros – Banco Central/Fonte: pixabay

Juros e a economia 

A taxa Selic é um instrumento utilizado para frear a inflação do país. O grande problema é que com os juros altos, o PIB nacional cresce menos, há um recuo nos investimentos feitos pelas empresas brasileiras e uma redução no consumo. Enfim, embora necessário, o remédio pode ser amargo, o que traz inúmeras críticas.

O Copom afirma que sua decisão se deve ao fato de que sua política monetária é necessária para que se possa cumprir as metas estabelecidas. Na sua avaliação, os juros altos e sua manutenção por um período prolongado se deve a uma procura por assegurar um índice de preços menor, com um recuo exponencial da inflação.

Ademais, o comitê diz que os indicadores da atividade econômica nacional apontam uma desaceleração da economia  para os próximos trimestres. Para o Copom, não se esperava o aumento do PIB no início do ano , e que o setor agropecuário contribuiu bastante para esse cenário. A inflação também não foi tão alta.

Decisão do Copom

Para o Copom, o cenário atual da economia do país demanda uma certa paciência, e que é preciso uma serenidade para a direção de sua política monetária. Segundo o comitê, a decisão sobre a taxa de juros depende da pressão inflacionária e suas expectativas. Ele também leva em consideração a atividade econômica.

Em conclusão, as decisões do Banco Central consideram a inflação a longo prazo, e os riscos para a economia brasileira. O Copom será resoluto, até que haja no país um processo de desinflação, de modo que os índices fiquem de acordo com as metas estabelecidas. Ele projeta para o ano um índice em torno de 5%.

       

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