De acordo com recente divulgação oficial do Banco Central do Brasil (BCB), a economia de Minas Gerais manteve o ritmo de crescimento no segundo trimestre de 2022.
Banco Central: dados atuais sobre a economia de Minas Gerais
O Índice de Atividade Econômica Regional de Minas Gerais (IBCR-MG) registrou expansão de 1,5% ante o trimestre imediatamente anterior, considerados dados dessazonalizados, de acordo com dados oficiais sobre a economia regional. O Banco Central do Brasil (BCB) destaca que o segmento de serviços às empresas, o comércio e a indústria se destacaram. Em doze meses o IBCR-MG cresceu 3,7%.
Crescimento agrícola
De acordo com dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de julho, divulgados pelo IBGE, a produção de grãos em Minas Gerais deve crescer em 2022, influenciada pelas culturas de soja e de milho, informa o Banco Central do Brasil (BCB).
Conforme destaca o Banco Central do Brasil (BCB), a geada intensa em julho do ano passado e o período prolongado de estiagem (junho a setembro de 2021) que atingiram as lavouras de café prejudicaram significativamente a florada e devem impactar negativamente a colheita prevista para este ano, que seria de bienalidade positiva.
Segundo informa o Banco Central do Brasil (BCB), no mercado internacional, por outro lado, o preço do café teve aumento significativo. Em consequência, nos primeiros sete meses deste ano as exportações desse produto e de soja foram as principais influências para o aumento de 4,6% das vendas externas do estado.
Em sentido contrário, as vendas de minério de ferro contribuíram negativamente, em virtude da queda recente do preço dessa commodity, destaca a divulgação oficial.
Dados sobre a indústria
Conforme dados dessazonalizados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) do IBGE, a indústria extrativa evoluiu positivamente no segundo trimestre (12,7%), recuperando-se da retração sofrida com as chuvas excessivas em minas de minério de ferro no início deste ano.
O Icei de Minas, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), registrou 57,0 pontos em julho, recuando em relação ao observado em abril. De acordo com o Banco Central do Brasil (BCB), apesar da ligeira queda, influenciada pelo comportamento do índice de expectativas, o indicador mostra empresários confiantes pelo 24º mês consecutivo.
Os indicadores de demanda no estado apresentaram expansão acentuada no segundo trimestre, comparativamente ao primeiro, com desempenho superior ao observado na região Sudeste e no país, destaca a divulgação oficial.
Inflação regional
A inflação na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), medida pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), reduziu para 0,02% no trimestre terminado em julho, com desaceleração expressiva em relação ao encerrado em abril (3,61%).
Tal como no restante do país, esse resultado repercutiu, principalmente, o efeito das desonerações tributárias sobre gasolina e energia elétrica ocorridas em julho, quando o índice recuou 1,07%.
Por consequência, houve variação negativa nos preços administrados e desaceleração dos bens industrializados no trimestre, destaca a recente divulgação oficial do Banco Central do Brasil (BCB).