Conforme informações oficiais, em sua 244ª reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 10,75% a.a.
De acordo com informações divulgadas pelo Banco Central do Brasil (BCB), a atualização do cenário de referência do Copom pode ser descrita com as seguintes observações:
No cenário externo, o ambiente segue menos favorável, informa o Banco Central do Brasil (BCB). A maior persistência inflacionária aumenta o risco de um aperto monetário mais célere nos EUA, tornando as condições financeiras mais desafiadoras para economias emergentes. Além disso, a nova onda da Covid-19 adiciona incerteza quanto ao ritmo da atividade, ao mesmo tempo que pode postergar a normalização das cadeias globais de produção.
Sendo assim, em relação à atividade econômica brasileira, indicadores relativos ao quarto trimestre tiveram evolução ligeiramente melhor que a esperada, em particular os relativos ao mercado de trabalho, informa o Banco Central do Brasil (BCB) conforme divulgação realizada na data desta publicação.
A inflação ao consumidor seguiu surpreendendo negativamente, ressalta o documento oficial. Essa surpresa ocorreu tanto nos componentes mais voláteis como principalmente nos itens associados à inflação subjacente. As diversas medidas de inflação subjacente apresentam-se acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação.
O Banco Central do Brasil (BCB) informa que as expectativas de inflação para 2022 e 2023 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 5,4% e 3,5%, respectivamente; e no cenário de referência, com trajetória para a taxa de juros extraída da pesquisa Focus e taxa de câmbio partindo de USD/BRL 5,45, e evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC), as projeções de inflação do Copom situam-se em 5,4% para 2022 e 3,2% para 2023.
Dessa forma, esse cenário supõe trajetória de juros que se eleva para 12% no primeiro semestre de 2022, termina o ano em 11,75% e reduz-se para 8,00% a.a. em 2023. Nesse cenário, as projeções para a inflação de preços administrados são de 6,6% para 2022 e 5,4% para 2023. Adota-se a hipótese de bandeira tarifária “vermelha patamar 1” em dezembro de 2022 e dezembro de 2023, informa o Banco Central do Brasil (BCB) em divulgação oficial realizada na data desta publicação, 02 de fevereiro de 2022.
É importante que o cidadão acompanhe as divulgações do Banco Central do Brasil (BCB) de forma ampla, visto que diversos fatores impactam na inflação e no fluxo de oferta e demanda no cenário atual.