De acordo com informações do Banco Central do Brasil (BCB), divulgadas no dia 1º de novembro de 2022, apesar da queda recente concentrada nos itens voláteis e afetados por medidas tributárias, a inflação ao consumidor continua elevada. Confira outras análises do Comitê de Política Monetária (Copom).
Banco Central atualiza expectativas para a inflação
Analisando a economia atual, as divulgações recentes foram fortemente influenciadas pela redução de preços administrados, em função tanto da queda de impostos quanto, em menor medida, das quedas dos preços internacionais de combustíveis.
Além disso, itens relacionados a bens industriais, refletindo a queda mais intensa dos preços ao produtor e a distensão das pressões nas cadeias globais de valor, também apresentaram desaceleração, destaca o Banco Central do Brasil (BCB).
Focus: projeções atualizadas
No entanto, os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, que apresentam maior inércia inflacionária, mantêm-se acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação.
As expectativas de inflação para 2022, 2023 e 2024 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 5,6%, 4,9% e 3,5%, respectivamente, atualiza o Banco Central do Brasil (BCB).
Cenários e análise de riscos
Conforme recente divulgação do Banco Central do Brasil (BCB), no cenário de referência, a trajetória para a taxa de juros é extraída da pesquisa Focus e a taxa de câmbio parte de USD/BRL 5,252 evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC).
Petróleo
O preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura pelos próximos seis meses e passa a aumentar 2% ao ano posteriormente. Além disso, adota-se a hipótese de bandeira tarifária “verde” em dezembro de 2022 e “amarela” em dezembro de 2023 e de 2024.
Projeções do Comitê de Política Monetária (Copom)
Nesse cenário, as projeções de inflação do Comitê de Política Monetária (Copom) situam-se em 5,8% para 2022, 4,8% para 2023 e 2,9% para 2024. As projeções para a inflação de preços administrados são de -3,9% para 2022, 9,4% para 2023 e 3,8% para 2024, destaca o Banco Central do Brasil (BCB).
O cenário econômico atual apresenta incertezas
Segundo destaca o Banco Central do Brasil (BCB), o Copom optou novamente por dar ênfase ao horizonte de seis trimestres à frente, que reflete o horizonte relevante, suaviza os efeitos diretos decorrentes das mudanças tributárias, mas incorpora os seus impactos secundários.
Nesse horizonte, referente ao segundo trimestre de 2024, a projeção de inflação acumulada em doze meses situa-se em 3,2%. O Comitê de Política Monetária (Copom) julga que a incerteza em torno das suas premissas e projeções atualmente é maior do que o usual, informa o Banco Central do Brasil (BCB).