De acordo com informações oficiais do Banco Central do Brasil (BCB), a inflação de bens industriais continuou elevada no trimestre (3,53% ante 3,78%).
Banco Central: a inflação de bens industriais e a redução das alíquotas do IPI
Contudo, desconsiderando-se o preço do etanol – de fixação livre, mas que sofre grande influência do preço da gasolina, que é administrado –, algum alívio pôde ser observado (3,23% ante 4,42%).
A redução das alíquotas do IPI pode ter contribuído para essa modesta desaceleração, mas há incerteza na estimativa de seu impacto. Adicionalmente, a indefinição quanto à aplicação da medida contribuiu para que seus efeitos tenham sido limitados, informa o Banco Central do Brasil (BCB).
Artigos considerados
O arrefecimento abrangeu artigos de residência, veículos e peças, mas não artigos de vestuário, de limpeza e materiais de construção, informa o Banco Central do Brasil (BCB). Conforme destaca a divulgação oficial do Banco Central do Brasil (BCB), a inflação de serviços foi 1,98% no trimestre, menor que no ano anterior (2,56%).
De acordo com o documento do Banco Central do Brasil (BCB), o principal vetor de alívio foi a passagem do reajuste das mensalidades escolares, que ocorreu no início do ano e faz parte do componente ex-subjacente.
Ainda considerando este componente, destaca-se a maior alta de empregado doméstico em maio, que possivelmente representa a retroalimentação entre inflação e variação dos salários nominais. A inflação subjacente de serviços continuou pressionada (2,34% ante 2,57%).
Segundo destaca o Banco Central do Brasil (BCB), entre os itens que integram este componente, houve, por um lado, alta menor em aluguel e condomínio, em razão da leitura atipicamente baixa em março.
A elevação nos preços dos alimentos
Por outro, alimentação fora do domicílio apresentou alta mais forte, afetada pela alta geral nos preços dos alimentos e pelo avanço da demanda no setor, informa o Banco Central do Brasil (BCB).
Conforme destaca o Banco Central do Brasil (BCB) através de recente divulgação oficial, nas últimas semanas ganharam destaque iniciativas do legislativo e do executivo federal com significativo potencial de impacto na inflação.
Projetos em destaque
Destacam-se dois projetos: o primeiro limita de forma permanente a alíquota do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre bens essenciais, que incluiriam combustíveis, energia elétrica e telecomunicações, e zera impostos federais sobre gasolina e etanol até o final de 2022.
O segundo incentiva a zeragem, pelos governos estaduais, do ICMS sobre o diesel e o gás – com validade até o final do ano, destaca o Banco Central do Brasil (BCB). Estima-se que as medidas tenham impacto substancial sobre o nível agregado de preços, caso aprovadas.