Com a expectativa de maior penetração do etanol hidratado na demanda de combustíveis do ciclo Otto, o Brasil poderá se tornar exportador líquido de gasolina, informa o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2031.
Apesar do maior fator de utilização das refinarias nacionais no período, a produção de gasolina A deverá se manter em torno de 75 mil m³/d, em linha com a média registrada nos últimos anos.
Segundo o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2031, em grande medida, isso se justifica, pois, as projeções indicam que a demanda doméstica de gasolina não deverá retornar aos níveis de 2019 antes de 2031, em função do comportamento da demanda de combustíveis do ciclo Otto e da oferta de etanol hidratado.
Os volumes de exportação líquida alcançariam a máxima de 9,0 mil m³/d em 2027, o que representaria 12% da produção nacional no ano.
O Brasil deverá se manter amplamente importador de nafta, porém em volumes decrescentes, de acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2031. A produção nacional de nafta aumentará significativamente, de 12,3 mil m³/d em 2019 para 20,3 mil m³/d em 2031.
Esse crescimento da produção deverá ser orientado pela elevação dos volumes de petróleo processados nas refinarias ao longo do período, de tal forma que a produção incremental de frações de nafta na destilação deverá ser majoritariamente direcionada para a obtenção de nafta petroquímica ao invés de compor o pool de gasolina.
Em 2031, o volume importado de nafta (10,9 mil m³/d) representará cerca de 35% da demanda nacional, ou seja, em patamares inferiores à média histórica, prevê o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2031.
Volumes de importação de QAV serão crescentes, superando a máxima histórica ao fim do período decenal, analisa o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2031.
A produção nacional de QAV aumentará gradativamente, acompanhando a recuperação do consumo doméstico. Contudo, em função de limitações operacionais do parque de refino, a produção ficará limitada a volumes em torno de 18 mil m³/d, enquanto a demanda doméstica seguirá aumentando.
Assim, projetam-se volumes crescentes de importação ao longo do horizonte decenal, atingindo 7,7 mil m³/d em 2031 (cerca de 30% da demanda no ano).
De acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2031, esse montante é superior à importação máxima histórica de QAV no país, de 5,4 mil m³/d em 2013, o que poderá exigir investimentos na expansão da infraestrutura primária de abastecimento deste combustível.