Em meio ao avanço da tecnologia e à facilidade de comunicação proporcionada pelas redes sociais e aplicativos de mensagens, o número de casos envolvendo a emissão e uso de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) falsas tem se tornado cada vez mais preocupante. Golpistas têm explorado a demanda por documentos de habilitação, oferecendo serviços ilegais que prometem carteiras de motoristas sem a necessidade de aulas e exames obrigatórios.
Os anúncios enganosos se multiplicam na internet, destacando a autenticidade dos documentos e a possibilidade de consulta no sistema CNH Digital. Por trás dessa propaganda enganosa, esconde-se uma rede criminosa que visa lucrar com a venda de CNHs falsificadas. Esses documentos são oferecidos em diversas categorias e a preços que variam entre R$ 1.000 e R$ 5.000.
A Polícia Civil, responsável pela investigação desses crimes, destaca que os estelionatários utilizam anúncios em redes sociais para atrair interessados.
Após o contato ser estabelecido, as negociações prosseguem por meio de redes sociais ou aplicativos de mensagens, onde os falsificadores solicitam informações pessoais e uma foto para concluir a transação. Em seguida, os documentos falsos são produzidos e enviados para o endereço fornecido pelo comprador.
Diante dessa realidade alarmante, as autoridades estão intensificando os esforços para combater essa prática criminosa. Além das investigações em andamento, a aplicação de penas rigorosas para os envolvidos e ações de conscientização sobre os perigos do uso de documentos falsos são medidas que estão sendo adotadas.
É importante ressaltar que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) classifica a falsificação ou adulteração de documentos de habilitação como uma infração gravíssima, sujeita a multa, apreensão e remoção do veículo.
Diante desse cenário, é fundamental que os cidadãos estejam atentos e conscientes dos riscos envolvidos na obtenção e uso de CNHs falsas. A população deve buscar a regularização de sua habilitação por meio dos procedimentos legais e evitar qualquer envolvimento com práticas ilegais.
A fim de combater as fraudes relacionadas à Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o documento adota uma série de dispositivos de segurança que incluem tintas fluorescentes, elementos visíveis apenas sob luz ultravioleta e números de autenticação.
Entre esses números está o código de segurança, que pode ser numérico ou apresentado em formato de QR Code. A localização deste código varia de acordo com a data de emissão do documento.
Nas CNHs emitidas a partir de junho de 2022, o código de segurança encontra-se abaixo da assinatura do emissor, no lado direito do campo “Local”. Essa alteração visa facilitar a identificação e verificação da autenticidade do documento. Já nas CNHs emitidas antes de junho de 2022, o código de segurança fica do lado direito da assinatura do emissor, logo abaixo da data de emissão.
Desde maio de 2017, as CNHs passaram a utilizar dois códigos de segurança: o numérico e o QR Code. O código numérico é utilizado para consulta no banco de dados do órgão de trânsito, proporcionando uma camada adicional de proteção contra fraudes.
O QR Code, por sua vez, foi implementado como uma ferramenta adicional para combater golpes e permite ao motorista cadastrar a versão digital da CNH, conhecida como Carteira Digital de Trânsito.
Essas medidas de segurança visam garantir a autenticidade dos documentos, dificultando a falsificação e contribuindo para a segurança no trânsito. A utilização desses recursos tecnológicos proporciona maior confiabilidade e facilita a verificação da CNH pelos agentes de trânsito.