Auxílio-gás x Gás para Todos: entenda as diferenças entre os dois programas

Auxílio-gás x Gás para Todos: entenda as diferenças entre os dois programas

De acordo com informações do governo federal, Gás para Todos deverá substituir o Auxílio-gás nacional a partir de 2025

Dentro de mais alguns meses, o Auxílio-gás nacional do governo federal deverá chegar oficialmente ao fim. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (26) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Ele estava ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quando realizou esse anúncio.

Mas ao contrário do que está sendo alardeado pela internet, o Auxílio-gás será substituído por um novo programa social: o Gás para Todos. Trata-se de um novo sistema de pagamentos, que deverá começar a valer apenas a partir de janeiro de 2025. O ministro Alexandre Silveira deu mais informações sobre esse novo projeto.

Neste artigo, vamos listar as principais diferenças entre o atual Auxílio-gás nacional, e o futuro Gás para Todos. Assim, você poderá avaliar se as mudanças anunciadas pelo governo federal são positivas ou negativas do seu ponto de vista.

As diferenças entre os programas

Número de atendidos

  • Auxílio-gás nacional

Atualmente, o Auxílio-gás nacional atende pouco mais de 5,6 milhões de brasileiros, de acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento Social. O número está abaixo do que foi prometido inicialmente pelo governo federal, que chegou a indicar que o programa atingiria mais de 24 milhões de pessoas.

  • Gás para Todos

De acordo com o ministro Alexandre Silveira, o Gás para Todos deverá atender a partir de janeiro de 2025 algo em torno de 20,6 milhões de pessoas. Esse número é basicamente o mesmo patamar de atendidos pelo programa Bolsa Família. A ideia é que todos os usuários recebam os dois programas de uma só vez.

Métodos de pagamentos

  • Auxílio-gás nacional

Atualmente, o Auxílio-gás nacional faz pagamentos bimestrais, ou seja, sempre a cada dois meses. A ideia geral é que cada família receba o equivalente ao 100% do preço médio nacional do botijão de gás de 13 quilos. Em agosto, por exemplo, cada família está recebendo R$ 102, patamar que é pago em conjunto com o Bolsa Família

  • Gás para Todos

O Gás para Todos deverá realizar os seus pagamentos através de um vale, que ficará disponível em um aplicativo da Caixa Econômica Federal. Assim, o cidadão não mais vai receber o valor em conjunto com o Bolsa Família.

A destinação do dinheiro

  • Auxílio-gás nacional

Independente do valor que for pago dentro do Auxílio-gás nacional, o fato é que o cidadão que recebe essa quantia pode usá-la da maneira como desejar. Isso significa que ele não precisa usar o dinheiro para comprar o botijão de gás, se não quiser. 

  • Gás para Todos

No sistema do Gás para Todos, que vai começar a vigorar janeiro de 2025, o cidadão só poderá usar o vale no app  para comprar o botijão de gás em lojas de redes previamente credenciadas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). Não será possível, portanto, usar a quantia para outras finalidades.

Auxílio-gás x Gás para Todos: entenda as diferenças entre os dois programas
Usuário só poderá usar quantia para comprar botijão. Imagem: Arquivo/ Banco Central

Ministro defende mudança

Ao defender as mudanças no projeto, o ministro Alexandre Silveira alegou que a medida tem como objetivo combater o que ele chamou de pobreza energética. Existe uma avaliação de que muitas famílias acabam deixando de comprar o botijão de gás e se prejudicando dentro das suas casas.

“Ainda convivemos, infelizmente, com a face perversa da pobreza energética, que afeta principalmente mulheres e crianças, com consequências devastadoras para a saúde. O uso da lenha para cozinhar ainda é causa de mortes prematuras. São famílias, em sua maioria, que vivem em locais afastados, como quilombolas e ribeirinhos. Essa proposta chega para nos ajudar a reverter esse quadro, combatendo a desigualdade social no país e levando mais dignidade e segurança para essas famílias”, apontou Silveira.

“No Brasil, cerca de 17% dos domicílios usam também, ou exclusivamente, fogões rudimentares alimentados por biomassas tradicionais, como lenha catada ou comprada, carvão vegetal, álcool ou pó de serra”, frisa o Ministério da Minas e Energia

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