De acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento Social, pasta responsável pela coordenação do benefício, o programa Auxílio Gás contará com o valor médio de R$ 109 neste mês de junho.
Nesse sentido, é importante lembrar que a medida tem o objetivo de ajudar famílias em situação de vulnerabilidade social na aquisição do botijão de gás de cozinha de 13 kg. Confira, aqui, outras notícias sobre o benefício.
O valor, então, tem pagamento a cada dois meses pelo Governo Federal e segue o mesmo calendário do Bolsa Família. Isto é, sendo também de acordo com o último dígito do Número de Identificação Social (NIS) de cada cidadão.
Atualmente, o programa fornece 100% do valor médio nacional do produto. Portanto, a variação do seu valor acompanha a mudança do preço, de acordo com a ANP (Agência Nacional de Petróleo). Com esta quantia, o benefício chega a mais de 5,62 milhões de famílias brasileiras.
Desse modo, podem participar do Auxílio Gás unidades familiares do CadÚnico, principal banco de informações sociais do Governo Federal. Ademais, é necessário apresentar renda familiar mensal igual ou menor do que meio salário mínimo.
O benefício também contempla famílias que apresentem membros que façam parte do Benefício de Prestação Continuada, o BPC, independentemente de ter ou não inscrição no CadÚnico.
O programa Auxílio Gás segue o mesmo calendário do Bolsa Família, principal benefício de transferência de renda do Governo Federal. Portanto, os beneficiários terão acesso as parcelas da medida nas seguintes datas:
Depois que estas parcelas finalizarem, apenas haverá novo pagamento em agosto. O programa começou com a intenção de mitigar os efeitos do aumento do preço dos derivados do petróleo.
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No entanto, atualmente, as políticas de preço sobre esse produto estão mudando.
Segundo análise da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do botijão de 13 kg do gás liquefeito de petróleo (GLP), ou seja, o gás de cozinha, alcançou a marca de R$ 104,02 durante a última semana.
Assim, aquantia representa uma retração de 0,34% em comparação há duas semanas. Naquele momento, o produto possuía o valor médio de R$ 104,37.
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A unidade federativa do país que possui o menor preço médio de comercialização do produto é o estado de Pernambuco, de R$ 90,63. Em contrapartida, Roraima possui o maior valor, chegando a quantia média de R$ 127,19.
Recentemente, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) realizou a notificação de distribuidoras de gás de cozinha. O objetivo, então, é que elas expliquem a razão da ausência do repasse da redução nos preços do produto aos consumidores.
Isto é, visto que, mesmo após o corte de 47% nas refinarias, o valor de comércio do botijão de gás apresentou uma redução de somente 13% desde o mês de março do ano passado.
O pedido foi encaminhado ao Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) no início deste mês.
Segundo dados do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (Ineep), o valor médio do botijão de gás de 13 kg apresentou uma redução de 12,7% desde o mês de março de 2022. Naquele momento o produto alcançou a marca de R$ 119,58.
Durante o mesmo período, a gasolina também apresentou uma retração de 32% e o diesel de 34%. Os preços dos três produtos sofreram uma série de diminuições nas refinarias dentro dos últimos meses. Contudo, a redução dos valores acabou não chegando de maneira expressiva ao consumidor final.
Em razão disso, a Senacon cobra que o Sindigás explique qual o motivo do fato que vem ocorrendo.
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“Para a população mais pobre, o preço extorsivo do gás de cozinha é muito prejudicial. Existem pessoas que, não tendo condições de pagar pelo gás, estão utilizando lenha, colocando sua vida e de seus familiares em risco. Não podemos aceitar que a redução não tenha chegado nas casas das pessoas”, destacou o secretário nacional do consumidor, Wadih Damous.
De acordo com uma pesquisa da Folha, o valor do botijão de gás de cozinha atualmente pode impactar até mais da metade do orçamento das famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica no país.
Alvo de frequentes reduções nos últimos meses, os reajustes acabaram não impactando o consumidor final. Nas refinarias que fazem parte da Petrobras, o valor de venda do produto teve uma retração de 47,9% de março de 2022 até o momento atual.
Foram cinco diminuições dentro do período, sendo a última no dia 17 de maio, de 21,6%, ou seja, R$ 8,97 em cada botijão de 13 kg.
Ao publicar o novo valor do produto, a Petrobras estimava que o valor médio chegasse a R$ 99,87. No entanto, durante a última semana, em análise da ANP, foi possível identificar que o valor médio de comercialização do produto era de R$ 104,37.
As informações mais recentes da agência, referentes ao mês de janeiro, apontam que o combustível representava 40% do preço final do botijão. Enquanto isso, margens do setor representavam 48%. Em março de 2022, as margens representavam 37%, contra 51% do custo do gás.
“A redução nas refinarias não está sendo repassada, o que pode significar que o setor está aproveitando esse momento para recuperar margens”, destaca a pesquisadora do Ineep, Carla Ferreira.
Em janeiro de 2020, antes da chegada da pandemia no país, as margens representavam 43% do custo final do produto.
Sobre o tema, o setor relata que não comenta evolução de preços. Por meio de nota logo após o anúncio da última redução da Petrobras, a associação que conta com a presença de revendedores reclamou que distribuidores não têm repassado todos os cortes, “deixando as revendas em uma situação muito desconfortável”.