O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o auxílio emergencial deve ser prorrogado apenas em uma situação específica: uma nova variante da Covid-19 surgir. Fora desta hipótese, o benefício social deve ter seus últimos pagamentos liberados em outubro e os saques seguirem até novembro.
Pelo calendário oficial do auxílio emergencial, a última liberação de valores acontece no dia 31 de outubro e os saques seguem até 19 de novembro. “Se tivermos um aumento na doença, faremos o mesmo que antes: nós aumentaremos os gastos com proteção para os mais vulneráveis. Mas não é isso o que está acontecendo, com vacinação em massa e volta segura ao trabalho”, defendeu Guedes sobre a posição de não renovar o benefício.
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Está não é a primeira vez que Guedes descarta a prorrogação do auxílio emergencial, em outras ocasiões o ministro já defendeu que não a justificativa para prorrogação, mesmo com a economia em alta e mais de 2 milhões brasileiros terem caído para linha de extrema pobreza.
Ainda neste mês Guedes chegou a confirmar que o auxílio emergencial deveria ser estendido, depois, por meio de nota, o ministério voltou atrás.
Em Washington, capital dos Estados Unidos, o ministro tem dados entrevista para emissoras locais. Em uma entrevista para ao vivo para TV Bloomberg ele destacou que os problemas a serem enfrentados não são o crescimento da economia do Brasil, mas sim a alta da inflação. “As pessoas que perderam a eleição há três anos não respeitaram o resultado e continuam a bater tambores. A gente entende, é a primeira vez que a esquerda perdeu para liberais-conservadores”, opinou Guedes.
O parlamentar está fora do país para reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Como já dito, sem a prorrogação do auxílio emergencial a última parcela de pagamentos deve acontecer dia 31 de outubro e a data final de liberação de saque 19 de novembro. Desta forma, a aposta do governo é o fim do auxílio emergencial e do Bolsa Família.
Na realidade, o Bolsa Família chegará ao fim para dar lugar para uma reformulação chamada de Auxílio Brasil – uma das ideias é tirar a “marca Lula” do programa social. “Vamos aumentar a transferência direta de renda para a população pobre cobrir os preços dos alimentos e da energia”, prometeu Guedes na entrevista.
Por outro lado, para de fato o Auxílio Brasil se tornar realidade, a liberação de recursos precisa acontecer ou a possibilidade de renovar o auxílio emergencial pode ser revista. Os recursos esperados para financiar o programa estariam focados tanto na taxação de dividendos (reforma tributária) e no parcelamento dos precatórios, ambas propostas precisam ainda de aprovação do Congresso.
Para o Auxílio Brasil precisa sair do papel ainda este ano, no ano que vem a legislação eleitoral proíbe o lançamento de programas como este. Até lá o governo terá que escolher e realizar o que estiver ao seu alcance.