Auxílio emergencial reduziu pobreza no Brasil em 23,7%
Informação foi divulgada no estudo feito pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas
O auxílio emergencial, criado para ajudar trabalhadores informais, autônomos, desempregados e microempreendedores individuais (MEIs) durante a pandemia do novo coronavírus, fez a pobreza no Brasil ter queda. O dado foi divulgado no estudo Covid, Classes Econômicas e o Caminho do Meio: Crônica da Crise até Agosto de 2020, criado pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social).
Segundo o estudo, um total de 15 milhões de brasileiros conseguiram sair da linha da pobreza até agosto deste ano. O número representa queda de 23,7%. A comparação foi feita com os dados de 2019. A FGV caracterizou como pobreza os brasileiros com renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo, ou seja, de R$ 522,50.
De acordo com Marcelo Neri, coordenador da pesquisa, o Brasil conta com 50 milhões de pobres após a queda. Apesar do número alto, esse é o nível mais baixo de toda a série histórica. “De maneira geral, a gente observou um boom social inédito, mesmo comparando com períodos pós-estabilização, que foram períodos de boom social. Em toda a série estatística, a pobreza nunca esteve num nível tão baixo, são 50 milhões de brasileiros. A queda foi realmente inédita, de acordo com as séries estatísticas”, disse ele.
Na região Nordeste, a redução da pobreza foi o auxílio emergencial foi de 30,4%. No Norte, foi de 27,5%. No Centro-Oeste, a queda foi de 21,7%. No Sudeste, de 14,2%, e no Sul, de 13,9%.