Pela primeira vez depois de muito tempo o Ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu a possibilidade de prorrogação do Auxílio Emergencial. Em entrevista para o jornal O Globo, o chefe da pasta econômica disse que o Governo tem dinheiro para pagar mais alguns meses do programa em questão.
“Isso pode acontecer (a prorrogação da nova rodada do auxílio). Tem recursos já separados para isso. O que a gente sabe é que quando ele acabar, ele tem que aterrissar no Bolsa Família mais robusto e permanente. Tem que ser bem financiado”, disse o Ministro na entrevista em questão. No entanto, ele evitou cravar essa decisão.
Atualmente, o que se sabe é que o Governo Federal deve pagar o Auxílio Emergencial até o fim do próximo mês de outubro. Na prática, dá para dizer que faltam apenas mais dois repasses para os usuários. Só que nos últimos dias, está crescendo muito a possibilidade de o projeto ir mais além do que se esperava.
Na última semana, por exemplo, o Ministro da Cidadania, João Roma, chegou a dizer que o Governo não poderia deixar as pessoas desamparadas a partir de novembro. É que se estima que mesmo com a chegada do novo Bolsa Família, cerca de 25 milhões de brasileiros que hoje recebem algum projeto do poder executivo irão ficar sem nada dentro de mais algumas semanas.
A prorrogação do Auxílio Emergencial aconteceria ao mesmo tempo em que o Governo Federal estivesse pagando o novo Bolsa Família. Dessa forma, dá para dizer que o Planalto passaria a pagar os dois de uma só vez. No entanto, essa ainda não é uma informação oficial. Eles ainda precisam discutir esses pontos.
Arthur Lira
Além de Paulo Guedes e de João Roma, uma possível nova prorrogação do Auxílio Emergencial ganhou mais um entusiasta nesta segunda-feira (27). De acordo com o site de notícias Valor, o Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que existe um ambiente no Congresso para este ideia.
Ainda segundo informações da imprensa, Lira se encontrou com Roma em um evento no início desta semana. Os dois acabaram discutindo justamente este ponto. A opinião do Presidente da Câmara é importante porque é ele que pode pautar ou não esta discussão.
E segundo interlocutores do Governo Federal, a regra geral é que uma possível nova prorrogação do Auxílio Emergencial vá depender do Congresso Nacional. Então seja qual for a decisão do Planalto neste sentido, ela vai precisar do respaldo do Congresso Nacional.
Auxílio Emergencial
O Governo Federal retomou os pagamentos do Auxílio Emergencial ainda no último mês de abril. Isso depois de um hiato de três meses sem nenhum repasse. Para esse retorno, a ideia era seguir com as liberações até o último mês de julho.
No entanto, o fato é que a pandemia do novo coronavírus ainda estava apresentando números altos no momento. Por isso, o Governo Federal achou melhor prorrogar o benefício até outubro. E até aqui o fato é que essa é a informação que está valendo agora.
Como dito, isso pode mudar a qualquer momento. Basta que o Governo envie para o Congresso Nacional a proposta da nova prorrogação do Auxílio Emergencial. E isso teria que ser feito em tempo recorde. Pelo menos é o que dizem os analistas.