Auxílio emergencial deve ter impacto menor no PIB deste ano

O auxílio emergencial foi responsável por diminuir o impacto da queda do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020. Em abril de 2021, o programa voltou a ser pago, mas com parcelas de menor valor e a um grupo mais limitado de beneficiários. Economistas acreditam que pode haver queda na atividade da economia do Brasil no trimestre iniciado este mês, mesmo com o retorno do programa.

O benefício foi criado para ajudar a parcela de trabalhadores que perdeu renda durante a pandemia do novo coronavírus e que não tem como trabalhar durante esse período. A nova rodada de pagamento conta com parcelas de R$ 150, R$ 250 e R$ 375. Ao todo, os beneficiários da nova rodada receberão o pagamento de quatro parcelas. A ajuda deve auxiliar os mais necessitados, mas não deve repetir os feitos do ano passado, quando serviu como muleta para o crescimento da economia do Brasil.

No ano passado, o governo do Brasil gastou R$ 293 bilhões com o auxílio emergencial, valor que equivale a 3,9% do PIB do ano. Agora, a nova rodada do programa pagará R$ 44 bilhões, o que significa 15% do gasto do ano passado. Com essa diminuição, é natural que o impacto na economia também seja menor.

Em 2021, o governo brasileiro recebeu autorização de emitir dívida para cobrir o custo da nova rodada do auxílio. O valor de R$ 44 bilhões não farão parte do teto de gastos. O crédito extraordinário foi liberado por não existir espaço fiscal para colocar essa despesa no orçamento do ano. Vale lembrar ainda que, em 2020, o auxílio foi aprovado em conjunto com várias outras medidas, como a redução de jornada de trabalho e congelamento de demissões, com cada parte ajudando na manutenção da economia.

O segundo trimestre de 2021 deve ter diminuição do PIB do Brasil. Além disso, o PIB deve terminar o ano abaixo do esperado pelo governo, que é um crescimento de 3,2%. A previsão de bancos e consultorias é o índice de 3,08%.

Saque do auxílio pode ser feito antes do prazo

Quem recebe o auxílio emergencial, inicialmente tem o valor depositado em conta poupança social digital da Caixa Econômica Federal (CEF). Entretanto, inicialmente o programa não permite o saque ou transferência direta. Num primeiro momento após o pagamento, o dinheiro do auxílio emergencial pode ser utilizado apenas pelo aplicativo Caixa Tem, para movimentações digitais.

Entretanto, há uma alternativa para quem ainda não está autorizado a fazer o saque ou transferência do dinheiro. A possibilidade surge por causa da existência de fintechs, empresas de tecnologia financeira, como o Nubank, PicPay, Mercado Pago e PagBank. Esses e outros bancos digitais possibilitam que seja feita a transferência do valor para uma conta que não possui limite de saque ou transferência.

Para antecipar o saque, o recomendado é utilizar a fintech de sua preferência para usar um boleto para transferência do dinheiro, como se fosse feita uma compra online. Ao fazer login em sua conta na fintech, gere o boleto no valor que deseja sacar e/ou transferir do auxílio e faça o “pagamento” do boleto no aplicativo Caixa Tem. Apesar do aplicativo entender como pagamento de conta, o dinheiro entrará na conta da fintech. O Banco Central autoriza a prática.

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