O Governo Federal está pagando neste mês de outubro a 7ª parcela do Auxílio Emergencial para algo em torno de 35 milhões de brasileiros. Existia até aqui uma expectativa de que o Planalto pudesse prorrogar esse benefício até 2023, com pagamento de mais 14 parcelas de R$600. No entanto, agora se sabe que isso não vai acontecer.
Veja também: Bolsonaro crava valor de R$400 no Auxílio Brasil
Em declaração na noite desta quarta-feira (20), o Ministro da Cidadania, João Roma, confirmou que o programa vai mesmo acabar em outubro. Assim, o Governo Federal vai começar o mês de novembro apenas com os pagamentos do Auxílio Brasil, que é o projeto que vai substituir o Bolsa Família.
“O auxílio emergencial será finalizado em outubro, este mês será o pagamento da última parcela do auxílio”, afirmou o Ministro na coletiva em questão. “Desta maneira, estamos chegando agora no mês de outubro ao final do auxílio emergencial”, completou o Ministro que afirmou que o programa teria sido um sucesso.
Essa acaba sendo uma declaração muito forte neste momento. É que João Roma era justamente o Ministro que estava tentando convencer o Governo Federal a prorrogar o Auxílio Emergencial por mais alguns meses. Acontece, no entanto, que aparentemente ele perdeu essa queda de braço com o Ministério da Economia.
Há cerca de duas semanas, Roma declarou que sem a prorrogação do Auxílio Emergencial, algo em torno de 25 milhões de pessoas que hoje recebem alguma ajuda do Governo ficarão sem nada a partir de novembro. Na ocasião, ele prometeu que faria algo para proteger esses cidadãos, mas não falou mais no assunto depois.
Empregos e Bolsa Família
Então no final das contas, a proposta que foi aceita pelo Governo Federal foi a do Ministro da Economia, Paulo Guedes. Eles acabarão com o Bolsa Família atual e com o Auxílio Emergencial ao mesmo tempo e colocarão no lugar apenas um programa social.
A aposta de Guedes é que o país melhore as condições de emprego. Assim, todas as milhões de pessoas que ficarão de fora do programa social a partir de novembro poderiam conseguir um trabalho e consequentemente uma renda.
Pesou para esta decisão de não prorrogar o Auxílio Emergencial justamente a questão do aumento da criação de vagas para os informais nos últimos meses. Por isso, muita gente dentro do Governo Federal afirma que não seria mais necessário pagar mais alguns meses do programa em questão.
Calendário do Auxílio
Dá para dizer, portanto, que o Governo Federal está pagando neste momento a última parcela do Auxílio Emergencial. Nesta quinta-feira (21), por exemplo, é a vez dos informais que nasceram em fevereiro. Estão recebendo também aqueles que fazem parte do Bolsa Família e que possuem o Número de Inscrição Social (NIS) terminando em 4.
Depois de um hiato de três meses sem pagamentos, o Governo Federal decidiu retomar os repasses do Auxílio Emergencial ainda neste último mês de outubro. Só que desta vez o programa está sendo executado em uma versão menor quando se compara com aquela que se viu no ano passado.
Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, algo em torno de 35 milhões de brasileiros são usuários do Auxílio Emergencial do Governo Federal. Os valores permanecem os mesmos. São parcelas que variam entre R$ 150 e R$ 375 a depender do público que recebe o montante.