O ministro da Economia, Paulo Gudes, declarou que o Auxílio Emergencial será novamente prorrogado pelo ministro da Cidadania, João Roma. O comunicado aconteceu durante uma cerimônia no Palácio do Planalto.
O chefe da esquipe econômica disse que, “o ministro Tarcísio (de Freitas, da Infraestrutura) vai vender mais 22 aeroportos. O ministro Rogério Marinho (do Desenvolvimento Regional) vai concluir as obras. O ministro João Roma vai estender o auxílio emergencial. Nós somos um time remando pelo Brasil”.
Parcelas e valores indefinidos
De acordo com as informações, o Governo Federal pretende estender o auxílio emergencial mais uma vez. Até então, o programa teria os seus pagamentos encerrados no final deste mês, e saques em novembro.
Todavia, segundo os representantes do governo, ainda não se sabe o valor do benefício ou número de parcelas que serão repassadas. Neste sentido, está sendo discutido uma nova sistemática de pagamentos, chamada de repasse decrescente.
Este método tem como objetivo reduzir o valor do benefício a cada parcela, até chegar no fim do programa. Desta forma, os cidadãos brasileiros beneficiados pela medida não serão impactados de uma só vez, ficando desemparados sem a quantia mensal.
Prorrogação ou não do auxílio emergencial?
De acordo com especialistas do setor econômico, a situação atual da economia no país ainda não garante uma saída da crise. Devido a isto, a criação de programas sociais que proporcionem o reaquecimento do setor ainda se tornam necessários.
No entanto, uma nova renovação do Auxílio Emergencial também possui a capacidade de gerar efeitos negativos, como o aumento da inflação. É o que pontua o especialista em renda variável da Valor Investimentos, Everton Medeiros.
“Apesar das empresas terem acelerado muito durante a pandemia, hoje temos até falta de oferta de produtos em alguns setores. Em compensação, vindo esse auxílio até abril de 2022, de certa forma influencia na inflação, porque automaticamente está dando mais poder de compra, especialmente para a principal classe afetada pela pandemia que seria as classes C e D. O auxílio estimula o consumo e automaticamente aumenta o nível da inflação”, destacou o mesmo.
Já para Tania Cristina Teixeira, presidente do Conselho Regional de Econômica de Minas Gerais (Corecon – MG), a extensão do benefício se torna necessária neste momento.
“Não prorrogar seria negar a possibilidade do estado de socorrer a sociedade em períodos como esse. O auxílio não necessariamente compromete o teto de gastos, já que o objetivo está associado ao processo epidêmico e às incertezas postas por esse processo”, declarou Tania