O Governo Federal está seguindo nesta semana com os pagamentos da quarta rodada do seu Auxílio Brasil. Nesta quarta-feira (23), por exemplo, é a vez dos usuários que possuem o Número de Inscrição Social (NIS) terminando em 8. De acordo com as informações oficiais, o dinheiro está na conta dessas pessoas desde as primeiras horas desta manhã.
Mas mesmo com o avanço dos pagamentos deste benefício, o fato é que tem muita gente sentindo falta do Auxílio Emergencial. Nas redes sociais, o que se vê é que muita gente ainda está pedindo pelo retorno do programa anterior. Há portanto uma pressão popular para que o Governo mude a sua posição neste sentido.
Todavia, conforme informações de bastidores, a resposta continua sendo não. Segundo fontes de dentro do Palácio do Planalto, não há neste momento a menor chance de retorno do Auxílio Emergencial. O último pagamento do programa aconteceu ainda no último mês de outubro.
De lá até aqui, a pressão pelo retorno dos pagamentos não diminuiu. Segundo a imprensa, esse movimento está surpreendendo o Governo. É que a avaliação anterior era de que as pessoas iriam esquecer aos poucos do benefício passado, entretanto, não foi isso que aconteceu.
Existe uma grande parte da população que ainda espera esses pagamentos, sobretudo porque elas ainda não conseguiram receber outro tipo de aporte. Vale lembrar que a situação da economia do país ainda não melhorou, o desemprego permanece em alta e a inflação se mantém elevando os preços de tudo. Para muita gente, a situação ainda está muito difícil.
Diferença entre programas
É importante deixar claro que o Auxílio Brasil é muito diferente do Auxílio Emergencial em diversos aspectos. O principal deles talvez seja a quantidade de usuários. É que o número de atendidos caiu de 39 milhões para 18 milhões de pessoas.
Os dois projetos também se diferenciam nos valores. O Auxílio Emergencial fazia pagamentos de até R$ 375, no máximo. O substituto do Bolsa Família, por sua vez, está pagando, no mínimo, R$ 400 para todo mundo.
Os dois projetos são mensais. Então ambos têm a mesma quantidade de pagamentos ao ano. Também segue igual a questão do calendário. Nos dois casos, os repasses acontecem sempre nos 10 últimos dias úteis de cada mês.
Auxílio Emergencial
O Governo Federal, aliás, começou os pagamentos do Auxílio Emergencial ainda no início do período pandêmico no Brasil em 2020. Na ocasião, a ideia era atender os usuários que não estavam conseguindo trabalhar por causa dos fechamentos de atividades.
Entre o início dos pagamentos em 2020 e o final dos repasses em 2021, segundo dados oficiais, estima-se que cerca de 70 milhões de brasileiros tenham recebido pelo menos uma parcela do programa.
O Governo alega que não precisa retomar os pagamentos do Auxílio Emergencial porque neste momento os informais já teriam como conseguir uma renda extra sem se preocupar com os fechamentos.