O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na audiência na Comissão Temporária da Covid no Senado, que há possibilidade de o Governo Federal renovar o auxílio emergencial após o mês de outubro, caso a pandemia continue descontrolada.
“Se a pandemia continuar fora de controle, em setembro, outubro, novembro, vamos ter que renovar de novo o auxílio emergencial, mas não é a expectativa no momento. A expectativa no momento é que nós estaríamos, nas palavras do ministro Queiroga [Marcelo Queiroga, da Saúde], num ambiente de controle da pandemia”, explicou o ministro.
O ministro ainda afirmou a extensão do programa por mais três meses, de acordo com a expectativa de imunização de toda população adulta brasileira.
“O auxilio que terminaria em 31 de julho segue agosto, setembro e outubro. Outubro é o mês que todos os governadores estão dizendo que terão vacinado toda a população adulta brasileira”, ressaltou.
Guedes informou que após outubro, a intenção do Governo é voltar com o Bolsa Família. Ele disse que o programa pode ter mais uma possível mudança, porém, será apresentada “um pouco para frente”.
“Nós estamos estudando um fundo. É constitucional, já está aí, mas é um assunto um pouco para frente, mas para justamente nós pegarmos essa lição de erradicação da miséria num tempo mais curto, mas dentro da ideia de respeito aos orçamentos e tudo isso”, disse.
O líder da equipe de economia também prometeu a criação do BIP (Bônus de Inclusão Produtiva) e do BIQ (Bônus de Incentivo à Qualificação) para conceder 2 milhões de empregos para jovens entre 18 e 28 anos.
“Nós precisamos dar o Bônus de Inclusão Produtiva de um lado e as empresas vão pagar o Bônus de Qualificação Profissional de outro lado, de forma que esses jovens possam ter o que a gente chama de treinamento no trabalho, que eles aprendam a trabalhar para serem incluídos no mercado de trabalho”.
“Na rodada atual, cada cota do auxílio emergencial tem custo estimado de R$ 9 bilhões. Portanto, a prorrogação deve ter impacto de R$ 27 bilhões às contas do governo federal”, informou Guedes.
Segundo os técnicos da Economia, aproximadamente R$ 7 bilhões devem sobejar dos pagamentos atuais. Dessa forma, a extensão deve exigir uma quantia adicional de R$ 20 bilhões.
Com relação a liberação dos recursos para o novo ciclo de pagamentos, será adquirida por crédito extraordinário, no qual não é contabilizado no teto de gastos da União, regra que limita as despesas do governo.