Auxílio Emergencial 2021: Justificativas de prorrogação
Nos últimos dias, muito tem se discutido sobre a prorrogação do auxílio emergencial 2021. Esse debate está em pauta, principalmente, na mesa de reunião do presidente da República, Jair Bolsonaro, com os ministros da Cidadania, João Roma e da Economia, Paulo Guedes.
Os políticos baseiam seus argumentos em defesa a prorrogação do benefício em duas condições, no avanço da vacinação contra a Covid-19 e na reformulação e liberação do novo Bolsa Família.
Vacinação contra Covid-19
O Governo Federal pretende manter o auxílio emergencial até a imunização completa da população adulta brasileira. Desta forma, a equipe executiva prevê que, após o avanço da vacinação, muitos cidadãos voltarão a trabalhar, melhorando o cenário econômico do pais.
Cabe salientar que, a situação de vacinação depende exclusivamente da distribuição das vacinas por parte do Ministério da Saúde. Neste sentido, o ministro da economia confirmou a possibilidade da prorrogação do benefício até o mês de outubro, a depender das estratégias de vacinação.
“Devemos renová-lo pelos próximos dois meses, porque a pandemia deve estar controlada em setembro. Esse é o prazo que os governadores de São Paulo, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul estão dizendo que a população adulta estará vacinada”, afirmou Guedes.
Bolsa Família
A segunda condição que baseia a possibilidade de uma prorrogação do auxílio emergencial, é a conclusão e liberação do novo Bolsa Família. A expectativa, é que o novo programa seja lançado em agosto, no entanto, ainda não está em caráter conclusivo.
Com a vigência do auxílio emergencial, a maioria dos segurados do Bolsa Família passaram a receber o benefício do programa. Sendo assim, muitas famílias brasileiras, cadastradas no BF estão tendo somente a renda do auxílio para ajudar no seu sustento.
Em razão disso, como o novo programa que deve substituir o Bolsa Família ainda não foi concluído, o auxílio emergencial deve continuar atendendo essa população, visto que não a deixe desamparada neste cenário de pandemia. O auxílio deve ser encerrado assim que o programa for lançado.
Custos da prorrogação
Caso o auxílio seja realmente estendido por mais dois meses, o custo será de R$ 18 bilhões, pois o montante bruto de cada parcela, destinado a 39,2 milhões de contemplados é de R$ 9 bilhões.
O Governo já possui R$ 7 bilhões que sobejaram do orçamento destinado a nova rodada, com as análises mensais de elegibilidade. Agora, basta garantir mais R$ 11 bilhões, que deve surgir em crédito extraordinário com a edição de uma nova Medida Provisória.