Nesta quarta-feira, 17 de agosto, ocorreu mais um depósito do Auxílio Brasil e do programa Vale Gás. Assim, o beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) de final 5 poderão ter acesso a mais uma parcela das medidas assistenciais.
Nesse sentido, o Auxílio Brasil neste mês já possui o novo valor de R$ 600 e o Vale Gás será de R$ 110, ou seja, o dobro da quantia anterior. Portanto, algumas famílias terão acesso a uma quantia total de R$ 710.
Veja também: Quem recebe nesta semana (15 a 19/08)?
Os pagamentos das parcelas dos benefícios neste mês de agosto se iniciaram no último dia 09. Isto é, chegando a todos os participantes que possuíam o NIS de final 1. De acordo com o Governo Federal, então, os pagamentos deverão ocorrer até o dia 22 de agosto.
Calendário de pagamento agosto
Segundo o calendário oficial de pagamento do Ministério da Cidadania com a Caixa Econômica Federal, os beneficiários terão acesso as parcelas dos programas nas datas a seguir:
- 09 de agosto: NIS de final 1;
- 10 de agosto: NIS de final 2;
- 11 de agosto: NIS de final 3;
- 12 de agosto: NIS de final 4;
- 15 de agosto: NIS de final 5;
- 16 de agosto: NIS de final 6;
- 17 de agosto: NIS de final 7;
- 18 de agosto: NIS de final 8;
- 19 de agosto: NIS de final 9;
- 22 de agosto: NIS de final 0.
Desse modo, o Ministério da Cidadania, pasta responsável pela coordenação da medida, indica que no mês de agosto, cerca de 20,2 milhões de famílias terão acesso aos valores do Auxílio Brasil.
No entanto, o valor complementar que faz com que o benefício chegue ao novo valor de R$ 600 será pago até o fim deste ano de 2022. Isto é, trata-se de acréscimo faz parte da PEC que regulamenta o gasto de R$ 41,2 bilhões, além do teto de gastos. Este valor se destinará a medidas assistenciais à população mais vulnerável do país e algumas categorias profissionais como, por exemplo, caminhoneiros e taxistas.
Quem pode receber o Auxílio Brasil?
De acordo com o Ministério da Cidadania, poderão participar do Auxílio Brasil aquelas famílias que têm inscrição no Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal.
Ademais, é necessário ter todos seus dados devidamente atualizados há pelo menos dois anos.
Veja também: Auxílio Taxista chegará a 245 mil profissionais
Por fim, as famílias devem se enquadrar nas seguintes situações:
- Faixa de extrema pobreza, ou seja, com renda per capita mensal de até R$ 105;
- Linha de pobreza, renda mensal per capita entre R$ 105,01 a R$ 210. Além disso, este grupo deve ter sua constituição gestantes, nutrizes, crianças e jovens de 0 a 21 anos incompletos.
Estando dentro destes critérios, então, o Ministério da Cidadania irá analisar a entrada de cada participante.
Como funciona o Vale Gás?
O programa Vae Gás vem sendo pago nas mesmas datas de depósitos do Auxílio Brasil. Além disso, com a mesma organização, segundo o último dígito do NIS de cada cidadão participante do benefício.
Até o fim deste ano o programa contará com o novo valor de R$ 110, chegando a 5,6 milhões de famílias brasileiras neste mês.
É importante frisar, contudo, que o Vale Gás é um benefício bimestralmente, ou seja, a cada dois meses. Para este ano de 2022, o programa será pago nos meses pares, nas mesmas datas do Auxílio Brasil.
Além disso, os cartões e senhas do Auxílio Brasil também para o recebimento do Vale Gás. O saque das parcelas pode ocorrer nas agências físicas da Caixa Econômica Federal, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui.
Além destas opções, o app Caixa Tem também oferece formas de recebimento do benefício.
Auxílio Brasil de R$ 600 é suficiente?
Mesmo após o aumento do valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 por meio da aprovação da PEC, a quantia ainda se mostra insuficiente para a grande maioria de beneficiários do programa de transferência de renda do Governo Federal.
Nesse sentido, especialistas do setor econômico e social valam sobre o assunto.
De acordo com eles, valor complementar não é suficiente para compensar o impacto orçamentário de muitos cidadãos que participam do benefício.
Veja também: Caminhoneiros podem fazer autodeclaração para benefício
Além disso, muitos especialistas acreditam que a nova opção da oferta de empréstimo consignado será um dos principais responsáveis pelo o aumento do endividamento das famílias brasileiras.
Profissionais acreditam que o aumento no valor mensal do Auxílio Brasil possa amenizar o sufoco financeiro das famílias. Contudo, é importante lembrar que o valor complementar só será disponibilizado até o final deste ano e se mostra com um formato de pouca igualdade.
Isto é, visto que o aumento não considera diferentes formatos de núcleos familiares e contextos dos cidadãos. Portanto, as alterações do Auxílio Brasil recebem diversas críticas.
Opção de empréstimo do Auxílio Brasil pode ter veto
Mesmo após a sanção do atual presidente Jair Bolsonaro, a opção da liberação de crédito consignado aos beneficiários do Auxílio Brasil e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) poderá ser vetada.
A opção vem recebendo críticas de vários especialistas do setor econômico. De acordo com estes, a modalidade representa um alto risco de endividamento das famílias mais vulneráveis.
Ademais, após a divulgação da nova opção, diversas instituições financeiras do país já se movimentaram para realizar várias simulações financeiras. No entanto, também existem bancos que já se manifestaram sob a não oferta da modalidade ao público.
Instituições como Bradesco, Itaú e Santander já informaram que não devem disponibilizar o serviço. Assim, entidades de defesa do consumidor já enviaram várias manifestações sobre impedimento da disponibilização da medida.
De acordo com os órgãos de defesa do consumidor, com a adesão da modalidade os participantes do Auxílio Brasil poderão se prejudicar a longo prazo. A grande preocupação é que as famílias que participarem do serviço não possuam condições financeiras no futuro para conseguir pagar dos valores do empréstimo.
Inclusive, quando se considera que a quantia de R$ 600 apenas vai até dezembro de 2022. Em seguida, em janeiro de 2023, o valor do Auxílio Brasil retorna ao mínimo de R$ 400.
Por meio de nota oficial, o Instituto Defesa Coletiva declarou que, a Medida Provisória que regulamenta o serviço se trata de um desserviço à população mais vulnerável do país.
“Seus termos inevitavelmente aumentarão o superendividamento da população brasileira, agravando, ainda mais, a crise econômica que assola o país”, indicou a entidade.