O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que regulamenta o Auxílio Brasil, novo programa social do Governo Federal que substituiu o Bolsa Família. No entanto, o líder do poder Executivo do país tirou algumas partes da medida.
Nesse sentido, o texto previa a entrada automática de famílias elegíveis no benefício, ou seja, todos que tivessem direito ao programa deveriam recebê-lo. Contudo, esta parte teve veto.
Assim, o trecho vetado pelo presidente teria a finalidade de acabar com as filas de espera do novo programa de transferência de renda do governo. Isto é, atendendo todas as famílias que estivessem de acordo com todos os critérios de participação.
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Indo adiante, Bolsonaro também vetou parte do texto sobre a criação de metas para a diminuição dos níveis de pobreza pelos próximos três anos. Desse modo, as alterações foram publicadas na edição do Diário Oficial da União desta quinta-feira, 30 de dezembro.
Este veto, então, atende a um pedido do ministro Paulo Guedes, atual líder do Ministério da Economia. Recentemente, este declarou que “a proposição legislativa contraria o interesse público, tendo em vista que a vinculação de atendimento de todas as famílias consideradas elegíveis alteraria a natureza da despesa do programa de transferência de renda do governo federal e acarretaria, consequentemente, a ampliação das despesas com o Programa Auxílio Brasil”.
Contudo, apesar deste vetos, o formato básico do programa se manteve. Logo, o Auxílio Brasil conta com três benefícios básicos e outros seis complementares, que podem se acrescentar de acordo com certas condições.
O pagamento das parcelas do Auxílio Brasil se iniciou no mês de novembro, quando o Governo Federal depositou a última parcela do Auxílio Emergencial. Através da promulgação da PEC dos Precatórios, então, a gestão conseguiu a partir de dezembro aumentar o valor mínimo das parcelas do programa para R$ 400.
O novo programa de transferência de renda do Governo Federal conta com nove modalidades distintas. Primeiramente, estão os três que funcionam como base da medida. São eles:
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Além disso, existem outros seis benefícios complementares, quais sejam:
De acordo com o texto recentemente aprovado, poderão participar do Auxílio Brasil as unidades familiares que respeitem os seguintes critérios:
Além disso, as famílias em situação de pobreza só poderão participar do benefício desde que possuam os seguintes integrantes em sua composição:
Ademais, o texto que regulamenta o Auxílio Brasil também fixa algumas contrapropostas exigidas pelo Governo Federal. Portanto, segundo o Ministério da Cidadania, o descumprimento dos seguintes pontos pode levar à suspensão do pagamento do benefício. São eles:
Durante este mês de dezembro foram cerca de 14,5 milhões de famílias que já participavam do Bolsa Família e que receberam a segunda parcela do Auxílio Brasil.
Por fim, é importante lembrar sobre a aprovação da PEC dos Precatórios. Isto é, Proposta de Emenda Constitucional que viabilizou a implementação do Auxílio Brasil.
Dessa forma, por meio da aprovação da proposta, o governo conseguiu abrir um espaço fiscal de cerca de R$ 106 bilhões no Orçamento do próximo ano. Isso foi possível com a flexibilização do pagamento de dívidas judiciais da União e da modificação do formato de cálculo da regra do teto de gastos.
Após forte negociação no Congresso Nacional, o texto foi promulgado durante este mês de dezembro. No entanto, diversos parlamentares temem que a implementação da PEC possa gerar um desequilíbrio nas contas públicas e um acúmulo de dívidas no futuro.