No último sábado, dia 10 de setembro, nova pesquisa do Datafolha demonstra que os beneficiários do Auxílio Brasil e demais eleitores desejam que o valor se mantenha. Nesse sentido, há um total de 80% dos eleitores que defendem o benefício de R$ 600 no próximo ano. Esta porcentagem é ainda maior (90%) quando se fala dos beneficiários do programa.
No entanto, o benefício com este valor deverá ter seu último depósito no calendário de dezembro deste ano. Isto é, visto que se trata de uma medida temporária.
Assim, em janeiro de 2023, o Auxílio Brasil retorna aos R$ 400, quantia com que 8% dos eleitores concordam. Além disso, em pequena porcentagem, ainda há aqueles que desejam um benefício maior ou que acreditam que o programa deve acabar.
Quando se considera o voto de cada eleitor, então, estes resultados também mudam. Nesse sentido, aqueles que irão votar no candidato Lula apresentam 84% de concordância ao valor de R$ 600. No caso dos eleitores do candidato Bolsonaro o valor é de 81%.
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Nesse sentido, o programa acaba se mostrando uma ferramenta importante na disputa eleitoral.
Qual presidenciável manterá o valor de R$ 600?
Indo adiante, a pesquisa também procurou entender quem os eleitores entendem que manterão o valor de R$ 600.
Nesse sentido, 45% entendem que Lula manterá o valor do Auxílio Brasil, enquanto 40% entendem que Bolsonaro manterá esta quantia. Ademais, 2% entendem que Ciro manterá o valor de benefício, enquanto Simone Tebet possui 1%.
No entanto, 4% dos eleitores entendem que nenhum destes candidatos irão manter o valor de R$ 600 do Auxílio Brasil.
Já quando a pesquisa se direciona apenas aos cidadãos que recebem o benefício, estes dados mudam. Assim, são 53% que entendem que Lula deverá dar continuidade à quantia, ao passo que 37% indicam Bolsonaro. Neste grupo, então, Ciro e Simone Tebet aparecem apenas para 1% dos beneficiários.
Por fim, 2% dos beneficiários entendem que nenhum dos candidatos irá manter o auxílio de R$ 600.
Quantos eleitores recebem o Auxílio Brasil?
Ao comparar os resultados dos eleitores gerais e daqueles que recebem o Auxílio Brasil, é importante entender a proporção deste último grupo.
Nesse sentido, 26% dos eleitores recebem o valor ou moram com um beneficiário do programa. Além disso, os eleitores também possuem uma quantia de participantes do Vale Gás, que representam 8% do total.
Assim, considerando estes e outros auxílio, há um total de 28% beneficiários dentre os eleitores.
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No entanto, este valor é um pouco maior que o resultado de pesquisa anterior, quando este grupo representava 25% do total. É possível que este aumento seja reflexo das inclusões recentes no Auxílio Brasil.
Cartão do Auxílio Brasil não pode ser propaganda
Recentemente, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) rejeitou propaganda sobre o novo cartão do Auxílio Brasil. Em período eleitoral, o Tribunal deve regular as publicidades do governo. Assim, previne-se que qualquer candidato a reeleição se utilize da máquina pública para fazer propaganda eleitoral.
Em relação ao novo cartão do Auxílio Brasil, então, este chegará aos poucos em alguns beneficiários. Contudo, o antigo cartão continuará servindo normalmente para saque do benefício e outras funcionalidades.
Assim, o governo desejava realizar uma campanha falando sobre o assunto, mostrando seus benefícios.
No entanto, considerando o período eleitoral, tal comunicação apenas poderia ocorrer em caso de urgência. Neste caso, o TSE entendeu que não há emergência.
“A despeito da necessidade de divulgação ampla do recebimento e uso do novo Cartão Auxílio Brasil, não ficou comprovada a urgência da publicidade e a necessidade de sua realização em período eleitoral”, declarou o ministro Alexandre de Moraes.
Portanto, a fim de apresentar as funcionalidades do novo cartão, o governo deverá aguardar o fim do período eleitoral. Isto é, considerando que não haverá qualquer prejuízo para os beneficiários de obter esta informação depois.
Governo pretende incluir mais beneficiários
O calendário de setembro do Auxílio Brasil ainda não se iniciou. Contudo, ainda é possível que o governo inclua mais beneficiários no programa.
Nesse sentido, a intenção seria de adicionar mais 803,8 mil famílias no benefício. Assim, caso isso aconteça, o Auxílio Brasil contará com mais de 21 milhões de participantes.
Estas mudanças com menos de um mês das eleições são vistas como eleitoreiras para críticos da gestão atual. Nesse sentido, considerando um contexto econômico de crise, com altos índices de desemprego e fome, o investimento em políticas públicas de assistência social é impactante.
Por esse motivo, o programa ganha melhorias como aumento do valor e do número de beneficiários.
Com a “PEC Kamikaze”, o Auxílio Brasil ganhou mais de 1 milhão de novos beneficiários e um aumento de R$ 200 em seu valor. No entanto, é importante lembrar que esta quantia apenas vai até dezembro de 2022.
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Além disso, a cada mês o governo pretende realizar um pente fino em todos os beneficiários a fim de identificar aqueles que não seguem as regras do programa. Assim, é possível que o número de participantes diminua.
Como serão essas novas inclusões?
Com a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que aumentou o valor do Auxílio Brasil, também houve previsão de orçamento. No entanto, a mais nova rodada de inclusões no benefício para setembro não está neste cálculo.
Inicialmente, seria um total de 19,8 milhões de beneficiários com os aumentos da PEC. Então, a Caixa Econômica Federal realizou a inclusão de mais brasileiros, resultando em 20,2 milhões de participantes.
Assim, com mais esta nova adição, o número de beneficiários poderá chegar a 21,6 milhões de brasileiros até o fim de 2022. Isto é, resultando na inclusão de mais de 3 milhões depois da implementação da PEC.
“Deste total, 2.049.513 famílias seriam inseridas no programa imediatamente no mês de agosto e as outras 1.450.000 famílias terão acesso no decorrer dos meses subsequentes”, explica medida provisória do governo.
Dessa forma, é importante que os cidadãos que desejam entrar no programa se lembrem dos critérios necessários:
- Ter inscrição no Cadastro Único.
- Manter sua atualização cadastral a cada 2 anos, no mínimo.
- Estar dentro da faixa de extrema pobreza (até R$ 105 por pessoa) ou de pobreza (até R$ 210).
- Contar com nutrizes, gestantes ou menores de 21 anos, no caso de famílias na linha de pobreza. Aquelas que estão na faixa de extrema pobreza, portanto, não precisam cumprir este critério.