No dia 30 de outubro de 2022, Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente da República pela terceira vez, com 60.345.999 votos. No entanto, mesmo sendo o candidato com mais votos a vencer uma eleição presidencial no Brasil, o presidente eleito deve enfrentar alguns desafios em seu mandato, como manter o Auxílio Brasil no valor de R$ 600.
Na última quinta-feira (3) a equipe de Lula começou a negociar com o Congresso Nacional o Orçamento definido para o ano de 2023. Apesar do atual presidente Jair Bolsonaro ter afirmado durante os debates que o Auxílio Brasil continuaria sendo pago no valor de R$ 600, esse valor não estava previsto no orçamento para o próximo ano.
O valor que deve ser negociado para manter o Auxílio Brasil e a desoneração dos combustíveis que foi prometida durante a campanha de Lula -e também de Bolsonaro- giram em torno de $ 175,2 bilhões. Contudo, especialistas afirmam que esses valores estão distantes das médias do mercado. “A conta ficou muito salgada e difícil de ser absorvida”, disse Juliana Damasceno, economista da consultoria Tendências ao g1.
Na metade de 2022 o Auxílio Brasil de R$ 600 foi aprovado pelo governo Bolsonaro, o que acabou gerando algumas especulações sobre a finalidade do benefício que só deveria durar até dezembro deste ano. Para alguns especialistas, a ampliação do auxílio até dezembro de 2022 era vista como uma forma de beneficiar o atual presidente da república em período eleitoral.
Após o fim do período eleitoral, a preocupação da equipe de transição do presidente eleito tem sido manter o Auxílio Brasil no valor de R$ 600. Como já dito anteriormente, apesar da promessa não partir apenas de Lula, mas também de Bolsonaro, o auxílio nesse valor não estava previsto no orçamento do país para o próximo ano.
Vale lembrar que o Auxílio Brasil é um benefício social que atende famílias em situação de vulnerabilidade econômica. Atualmente, o auxílio é pago para famílias que enfrentam a extrema pobreza e a pobreza. Para receber os recursos é preciso estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Cadúnico).
De acordo com informações disponibilizadas pelo Jornal da Band, a equipe de transição de Lula deve ser dividida em grupos temáticos para acelerar o processo. O jornal ainda informou que os economistas Pérsio Arida e André Lara Resende, que ajudaram a criar o plano real, foram convidados para integrar a equipe.
Vale lembrar que a equipe de transição, liderada por Geraldo Alckmin, pode nomear até 50 pessoas. “Nosso objetivo será fornecer ao presidente Lula, de forma republicana e democrática, todas as informações necessárias para que seu mandato, que começa em 1° de janeiro, seja bem-sucedido no atendimento das prioridades da população”, disse Alckmin em suas redes sociais.
A Lei nº 10.609, de 2002, garante que o presidente da República eleito possa criar uma equipe de transição, visando se inteirar sobre a atual Administração Pública Federal. Desta forma, é possível se preparar para o próximo ano. Isso significa que a equipe de transição de Lula terá acesso a partir de novembro às informações relativas às contas públicas de diversas áreas e benefícios como o Auxílio Brasil.