A cada mês os beneficiários do Auxílio Brasil recebem uma nova parcela do benefício. Os depósitos, portanto, costumam acontecer nos dez últimos dias úteis do mês, de acordo com o NIS (Número de Identificação Social) de cada um.
Atualmente, mais de 21 milhões de famílias brasileiras se encontram na folha de pagamento do benefício.
Nesse sentido, o calendário para este mês de outubro realizaria os pagamentos entre os dias 18 e 31 de outubro. Contudo, o governo decidiu por antecipar estes depósitos.
Desse modo, o novo calendário do benefício se iniciou em 11 de outubro, ou seja, última terça-feira. Assim, o calendário de outubro ficou da seguinte maneira:
- 11 de outubro: NIS de final 1;
- 13 de outubro: NIS de final 2;
- 14 de outubro: NIS de final 3;
- 17 de outubro: NIS de final 4;
- 18 de outubro: NIS de final 5;
- 19 de outubro: NIS de final 6;
- 20 de outubro: NIS de final 7;
- 21 de outubro: NIS de final 8;
- 24 de outubro: NIS de final 9;
- 25 de outubro: NIS de final 0.
Além disso, neste mês de outubro, junto com o Auxílio Brasil também haverá o pagamento de nova parcela do Vale Gás. Isto é, compensação financeira com depósitos a cada dois meses para algumas famílias brasileiras.
O benefício busca dar mais acesso ao botijão de gás de 13 quilos. Portanto, inicialmente concedia 50% do valor do produto às famílias. Contudo, até o fim do ano esta quantia equivalerá a 100% do preço, de forma que, neste mês de outubro, o Vale Gás contará com um valor de R$ 112.
Quem pode receber o Auxílio Brasil?
De acordo com as normas do Ministério da Cidadania, poderão ter acesso aos valores do Auxílio Brasil, famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade social.
Assim, para entrar na medida, os cidadãos devem cumprir com alguns critérios básicos. Isto é, com inscrição no Cadastro Único e atualização frequente de seus dados. É importante que as famílias sempre renovem essas informações a qualquer mudança ou, ao menos, a cada dois anos, mesmo se nada mudar.
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Ademais, estas famílias precisam cumprir os requisitos de renda, quais sejam:
- Se encontrar em situação de extrema pobreza, ou seja, com renda mensal per capita de até R$ 105;
- Estar em situação de pobreza, com renda mensal per capita entre R$ 105,01 a R$ 210. No entanto, este grupo ainda precisa comprovar que possui em sua constituição gestantes, nutrizes, jovens e crianças de 0 a 21 anos incompletos.
Caso os cidadãos cumpram com todas estas regras poderão entrar no Auxílio Brasil. No entanto, ainda é necessário passar por análise do Ministério da Cidadania. Por fim, a inclusão dependerá se o governo possui espaço fiscal para tanto.
Datafolha indica voto dos beneficiários
De acordo com o último levantamento do Instituto Datafolha, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua sendo o candidato com maior intenção de voto entre os beneficiários do Auxílio Brasil. Isto é, programa de transferência de renda criado para substituir o Bolsa Família.
O ex-presidente, então, aumentou sua vantagem em relação ao atual presidente Jair Bolsonaro nesta parcela de eleitores.
Na primeira pesquisa logo após o término do primeiro turno constatou-se uma leve melhora nas intenções de voto em Bolsonaro. Contudo, a tendência não se manteve durante o segundo levantamento do instituto.
A parcela de eleitores que relatou que iria votar em Lula subiu de 56% para 62%, durante pesquisa entre os dias 13 e 14 de outubro.
A variação identificada se encontra acima da margem de erro que, para o público, é de quatro pontos percentuais. Já aqueles que declararam voto no atual presidente caiu de 37% para 33%.
Foram entrevistados cidadãos que relataram que recebem ou moram com algum beneficiário do Auxílio Brasil.
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O Auxílio Brasil vem sendo umas das principais apostas eleitorais de Bolsonaro para melhorar sua imagem e garantir a reeleição.
Nesse sentido, inclusive, o programa passou por um aumento de seu valor, chegando à quantia média de R$ 600. Este aumento ocorreu por meio da aprovação do Congresso Nacional de PEC (Proposta de Emenda Constitucional).
Esta manobra recebeu críticas de diversos parlamentares, que a classificaram como eleitoreira.
Pesquisa também fala sobre atual gestão
Ainda segundo o levantamento do Datafolha, 29% dos cidadãos que participam do Auxílio Brasil classificaram o atual governo como ótimo ou bom. Já aqueles que classificam o governo de Bolsonaro como ruim ou péssimo alcançou o índice de 44%, outros 26% dos entrevistados classificaram a gestão como regular.
Todas as variações se encontram dentro da margem de erro, que é de cinco pontos percentuais para mais ou para menos.
A rejeição de Bolsonaro entre os participantes do Auxílio Brasil chegou a 59% e em 44% entre os demais eleitores consultados. A rejeição de Lula chega a 31% e 47% respectivamente.
Já 53% dos beneficiários entendem que sua vida vai ser melhor com a eleição do ex-presidente Lula. Em relação a Bolsonaro este índice chegou a 22%.
Durante o segundo levantamento do Instituto Datafolha, foram ouvidas 2.898 pessoas residentes em 180 cidades, entre os dias 13 e 14 de outubro, sendo encomendado pela Folha de S. Paulo e pela TV Globo registrado no TSE com o número BR – 01682/2022.
O reajuste do valor do benefício foi uma das principais apostas de Jair Bolsonaro durante a eleição. De 19 a 30 de setembro, o programa de renda federal chegou a 20,65 milhões de famílias, 450 mil a mais do que em agosto, quando 20,2 milhões tiveram direito.
Segundo o Ministério da Cidadania, o Auxílio Brasil é pago a 21,1 milhões de famílias em outubro, após a inclusão de 480 mil novos beneficiários.
No primeiro turno, contudo, a expansão do programa não conseguiu reverter a tendência de votos no PT entre os mais pobres do Brasil.
Altos preços anulam efeito do Auxílio Brasil
Em meio a um país em crise, o atual presidente Jair Bolsonaro aumentou o valor do Auxílio Brasil durante o período eleitoral.
No entanto, especialistas indicam que o programa se encontra com baixa efetividade em razão do aumento das despesas básicas.
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Nesse sentido, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a grande alta no preço dos alimentos pode fazer com que a inflação tenha um impacto de até três vezes mais para as famílias de baixa renda brasileiras.