Recentemente, o Governo Federal iniciou o processo de entrega dos novos cartões do Auxílio Brasil, programa de transferência de renda que substituiu o Bolsa Família em novembro de 2021.
Estima-se, então, que o processo de substituição dos antigos cartões do Bolsa Família pelos os novos do Auxílio Brasil, custe R$ 130 milhões aos cofres da União. É importante alertar, contudo, que os antigos cartões continuam podendo ser usados.
Nesse sentido, de acordo com o Ministério da Cidadania, o processo de confecção dos novos cartões do benefício possui a finalidade de promover uma maior segurança nas transações bancárias.
Quem receberá os novos cartões?
De acordo com o Ministério da Cidadania, pasta que coordena o benefício, já houve a distribuição de cerca de 3,2 milhões de cartões com chip aos participantes do programa.
Desse modo, segundo a pasta, o cartão poderá servir para a realização de compras no débito automático. Além disso, os beneficiários também poderão sacar os valores do programa em qualquer agência ou caixa eletrônico da Caixa Econômica Federal.
Terão prioridade no recebimento dos cartões aqueles cidadãos que entraram no Auxílio Brasil em dezembro do ano passado.
Assim, ao todo, cerca de 6,6 milhões de unidades familiares em todo território nacional deverão receber os novos cartões do programa neste primeiro momento. No entanto, a atual gestão espera conseguir realizar a substituição de todos os cartões o mais rápido possível.
Para acompanhar o envio de seu cartão, o beneficiário pode entrar em contato com a Central de Atendimento da Caixa. Esta se encontra disponível no número 4004-0104, para capitais e regiões metropolitanas, ou 0800-1040104, para as outras regiões do país.
Como solicitar o novo cartão do Auxílio Brasil?
Segundo o Ministério da Cidadania, não há necessidade de solicitação do cartão do Auxílio Brasil pelo beneficiário.
Dessa forma, ele será gerado e distribuído de forma automática a todas as famílias que fazem parte do programa de transferência de renda.
O processo de entrega ocorrerá de maneira preferencial para os beneficiários que ingressaram na folha de pagamento do auxílio em dezembro de 2021. Enquanto isso, os outros participantes que ainda não receberam os novos cartões poderão continuar utilizando o antigo cartão do Bolsa Família para o saque de seu benefício.
No entanto, existem outras formas para movimentar as parcelas do Auxílio Brasil:
- Poupança social digital;
- Conta-corrente;
- Conta especial de depósito à vista;
- Conta contábil, por meio da plataforma social do programa.
Segundo a atual gestão, o pagamento do Auxílio Brasil ocorrerá por meio de conta contábil somente em casos em que existam impedimentos técnicos para a realização do pagamento da quantia ou quando o cidadão não possuir nenhuma das outras alternativas de pagamento.
Quando sairá o benefício de R$ 600?
Na última terça-feira, 05 de julho, a nova presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, falou sobre o Auxílio Brasil.
De acordo com ela, portanto, a instituição bancária e o Ministério da Cidadania já estão se movimentando para pagar o Auxílio Brasil de R$ 600. No entanto, é necessário, ainda que ocorra a aprovação da nova PEC pelo Congresso Nacional.
A PEC dos benefícios instaura o estado de calamidade pública, o que possibilita que a gestão ultrapasse o teto de gastos e lance um conjunto de benefícios neste ano eleitoral.
Assim, a proposta conta com o aumento temporário de R$ 200 na parcela do Auxílio Brasil. Além disso, há o pagamento do programa Vale Gás em dobro, um ajuda financeira de R$ 1.000 a caminhoneiros autônomos e um benefício aos taxistas.
É importante lembrar, contudo, que todas as medidas apenas valem até o fim deste ano de 2022.
Veja também: AUXÍLIO BR de R$ 600 com ÍNICIO já no mês de julho?
Além disso, a proposta, que já obteve aprovação do Senado Federal, aguarda o aval da Câmara dos Deputados para começar a valer.
Caixa busca pagamento com rapidez
Daniella Marques comentou que se encontrou com o atual ministro da Cidadania, Ronaldo Vieira Bento, na última segunda-feira, 04 de julho. Assim, eles buscam montar uma estratégia que possibilite que os pagamentos dos novos valores e benefícios ocorram com maior rapidez.
O texto presente na proposta estabelece que todos os novos valores se iniciem a partir deste mês de julho. Contudo, exceto o acréscimo ao Auxílio Brasil, que começaria no dia 1º de agosto.
“A gente já está adiantando as minutas contratuais entre o Ministério da Cidadania e a Caixa para que, se realmente for aprovada e promulgada essa PEC, a gente faça chegar o auxílio para os brasileiros que mais precisam o mais rápido possível”, pontuou a nova presidente da Caixa Econômica Federal.
“Isso depende um pouco ainda da duração do processo legislativo, então não posso afirmar se será no mês de julho ou na próxima janela, mas como é uma camada adicional, a gente consegue operacionalizar provavelmente tudo rápido”, afirmou.
Marques foi indicada ao posto de Pedro Guimarães, após denúncias de assédio sexual.
“O presidente Jair Bolsonaro tomou a atitude necessária para proteger a imagem da Caixa, afastar envolvidos. Não tem manifestação ainda nenhuma porque não tem conclusão neste caso”, comentou Marques.
Auxílio Brasil de R$ 600 pode não chegar aos que mais precisam
Durante a circulação da PEC no Senado Federal, Fernando Bezerra, relator do projeto, afirmou a necessidade de R$ 26 bilhões. Assim, seria possível aumentar o valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 e zerar a fila de espera do benefício de julho ao fim deste ano.
No entanto, existem divergências sobre qual seria o real tamanho da fila de espera do programa social.
De acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), até o mês de abril, a fila de espera do Auxílio Brasil contava com 2,7 milhões de famílias brasileiras que ainda não haviam entrado na folha de pagamento do programa.
Ademais, segundo a confederação, os recursos para a medida não seriam capazes de acabar com fila de espera atual.
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“Estimativa da CNM aponta que, para zerar a fila atual do Auxílio Brasil e manter o adicional de R$ 200 até o mês de dezembro deste ano, conforme prevê a proposta, seria necessário cerca de R$ 1 bilhão a mais do que o recurso previsto na PEC”, declarou a instituição por meio de nota.